Ao lado de Lula, Chico e outros artistas participam de ato no RJ
Estão entre os participantes, os músicos Chico Buarque, Tico Santa Cruz, Beth Carvalho, o teólogo Leonardo Boff, o jurista Joarez Tavares, humorista Gregório Duvivier, entre outros representantes da cultura popular brasileira
© Divulgação / Instituto Lula
Política Democracia
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva
participa
nesta segunda-feira (11),
no Rio de Janeiro,
do ato Cultura pela Democracia, com artistas e intelectuais. Cerca de cinco mil pessoas, de acordo com os organizadores do evento, acompanham o ato na Fundição Progresso.
Segundo a transmissão ao vivo do Partido dos Trabalhadores (PT), estão entre os
participantes, os músicos
Chico Buarque, Tico Santa Cruz,
Beth Carvalho,
o teólogo
Leonardo
Boff, o jurista
Joarez
Tavares,
humorista Gregório
Duvivier, entre
outros
representantes da cultura popular brasileira.
Os participantes do evento gritavam "não vai ter golpe" e "vai ter luta". Sobre o financiamento do ato, dizem que está sendo feito com a
contribuição colaborativa. As pessoas podem deixar o que
quiser.
"O que nos une a todos é a insatisfação, com tudo que não está sendo feito no país hoje. Então ao invés de dizer fica Dilma, vamos falar "Fica e melhora" e governa para a esquerda. Porque a Dilma foi eleita pela esquerda, porque tinha um projeto de esquerda, então vamos pedir que ela governe para ela. Que governe em nome do projeto que ela foi eleita", falou
Gregório
Duvivier.
Wagner Moura, em vídeo, disse: "nunca votei em Dilma, tenho sido um crítico da presidente e tenho razões para dizer isso, mas as razões não cabem ser levantadas agora. Porém, 54 milhões de brasileiros votaram. Se a nossa democracia
não fosse
frágil, não estaria sendo atacada como agora. Ela não é plena para negros, mulheres, homossexuais, mas
avançou muito. Lula e Dilma tem muito a ver com isso. Temos que continuar avançando e não retroceder", afirmou ele.
No palco, os artistas fizeram menção às pesquisas de intenção de voto, divulgadas pelo instituto
Datafolha, no domingo, e também a falta de "fundamento jurídico e crime de responsabilidade" no pedido de impeachment que tramita no Congresso.
O
evento
ocorrerá em pelo menos outras 20 cidades. São Paulo, Fortaleza, Porto Velho e Brasília são algumas delas.
O manifesto do evento foi
redigido por Chico Buarque, Fernando Morais, Leonardo
Boff, Wagner Moura e Eric Nepomuceno e
afirma que a democracia está em risco:
"O que vivemos hoje no Brasil é uma clara ameaça ao que foi conquistado a duras penas: a democracia. Uma democracia ainda incompleta, é verdade, mas que soube, nos últimos anos, avançar de maneira decidida na luta contra as desigualdades e injustiças, na conquista de mais espaço de liberdade, na eterna tentativa de transformar este nosso país na casa de todos e não na dos poucos privilegiados de sempre”, diz o texto.