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Procurador afirma que José Dirceu deve sofrer novas condenações

A afirmação foi feita pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa, na noite desta quinta-feira (19), em Ribeirão Preto

Procurador afirma que José Dirceu deve 
sofrer novas condenações
Notícias ao Minuto Brasil

00:12 - 20/05/16 por Folhapress

Política Palestra

O ex-ministro José Dirceu, condenado a 23 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba, é o ideólogo da organização criminosa investigada pela operação.

A afirmação foi feita pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa, na noite desta quinta-feira (19), em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), onde ministra palestra.

"Isso [a prisão] é importante, o doutor Moro enfatizou que ele não era o líder da organização criminosa, mas nós temos claro que ele é o ideólogo dessa organização. É apenas a primeira condenação, ele deve sofrer outros procedimentos penais. É importante isso, para revelar a seriedade e a rapidez que as investigações estão transcorrendo em Curitiba", disse o procurador.

Ele está no interior de São Paulo para ministrar a palestra "Operação Lava Jato: Os Impactos do Combate à Corrupção na Melhoria do Ambiente de Negócios", na Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).

Dirceu foi condenado a 23 anos e três meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa pela participação no esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras.

Foi a maior pena da Lava Jato dada por Moro em uma única condenação. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque era quem tinha recebido até então a condenação mais alta em uma única ação penal, de 20 anos e oito meses em regime fechado.

Dirceu está preso desde agosto do ano passado, quando ocorreu a 17ª fase da Lava Jato, denominada Pixuleco. Ele está no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

SEM INTERFERÊNCIA

De acordo com o procurador, membros da operação não foram procurados por integrantes do governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), e a força-tarefa não teme interferência governamental na sequência das investigações.

"Não tivemos nenhuma procura de nenhuma pessoa do atual governo, mesmo porque não cabe a nós qualquer atividade política. Nós não tememos interferência, mesmo porque as pessoas já perceberam que é muito perigoso tentar interferir numa investigação criminal", afirmou Lima.

O procurador disse ainda que os fatos revelados pela investigação têm implicação política, mas que a operação não tem nenhuma motivação política.Questionado se teria elementos suficientes em mãos para pedir a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o procurador afirmou não ter "o que falar sobre este personagem especificamente".

"Nós nunca pensamos ou discutimos uma futura ação, nós esperamos o momento. É claro que qualquer atitude hoje que nós tenhamos que tomar, tenho que esperar primeiro qualquer processo voltar do Supremo. Não é o caso ainda, não aconteceu". Com informações da Folhapress.

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