Michel Temer diz que tem sido vítima de agressão psicológica
O presidente interino, porém, garante que não está preocupado e que "tem que cuidar do país"
© Agência Brasil
Política Interinidade
Desde que tomou posse, no dia 12 de maio, o
presidente interino Michel Temer afirma que o seu governo
vem sofrendo
"agressões". O
peemedebista
defendeu a "interinidade" de sua gestão nesta terça-feira (24)
durante uma reunião realizada no Palácio do Planalto com a presença de ministros e líderes partidários.
"Temos sido vítimas de agressões. Sei como funciona isso. Agressão psicológica. Não temos a menor preocupação com isso, aliás estou fazendo esses comentários apenas para revelar que não temos que dar atenção a isso. Temos que cuidar do país", disse
Temer.
As declarações feitas pelo presidente em exercício
antecederam o anúncio de um pacote de medidas para, segundo o governo, equilibrar as contas públicas, de acordo com o UOL.
Ele assumiu o cargo após o afastamento da presidente Dilma
Rousseff
(PT) pelo Senado e afirmarespeitar o caráter temporário de seu governo. "Sou muito respeitoso em relação a nossa interinidade,
mas a interinidade não significa que o país vai parar. Pelo contrário", declarou.
O presidente interino destacou ainda que a votação da ampliação da meta fiscal, prevista para acontecer nesta terça, é o "primeiro teste" para o novo governo e para o Legislativo.
Temer disse que lamenta
o comportamento de alguns opositores, que "propuseram a modificação da meta e hoje anunciam que vão tentar tumultuar os trabalhos para tentar impedir a votação". E afirma que "isso revela, aos olhos de quem vê o país como finalidade e não um governo ou um partido, a real discordância com a tranquilidade institucional do país".
O
peemedebista
ponderou a importância da oposição
e não estava querendo fazer queixas. "A oposição nas democracias existe para ajudar a governar", disse. No entanto,
afirmou
que há dois momentos - um em que partidos divergem entre si para chegar ao poder, a campanha, e outro, pós-eleição, em que "todos devem trabalhar pelo bem comum".
Em relação aos
recuos
que o governo já teve de fazer desde que assumiu, a exemplo do Ministério da Cultura, Temer garante que "não somos como JK, não temos compromisso com o equívoco", e que erros serão revistos sempre que necessário.