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Pesquisa: reprovação a Temer cresce e avaliação de Dilma melhora

A baixa popularidade do peemedebista é explicada por três fatores: a falta de uma agenda clara de mudanças, a imagem de político tradicional e o contexto turbulento no qual governa

Pesquisa: reprovação a Temer cresce 
e avaliação de Dilma melhora
Notícias ao Minuto Brasil

15:20 - 27/06/16 por Notícias Ao Minuto

Política Após impeachment

A pesquisa da consultoria

Ipsos

aponta que o primeiro mês da gestão interina de Michel Temer teve

efeitos contrários na avaliação do governo do peemedebista e da presidente afastada Dilma

Rousseff. No período, o

índice de reprovação do político subiu e o da

petista

caiu.

Segundo o levantamento, de maio a junho, a

porcentagem

de pessoas que desaprovava totalmente ou um pouco o interino cresceu de 67% para 70%. Já para Dilma, indicador passou de 80% para 75%. Por sua vez, a

aprovação da presidente afastada

foi de 15% para 20%. A de Temer também aumentou, indo de 16% para 19%, como informa o portal

iG.

Ainda em relação ao estudo, em junho 43% dos entrevistados disseram considerar o governo federal ruim ou péssimo, marca mais positiva do que a última registrada pelo governo Dilma na última pesquisa do instituto, que apontou que 69% viam a gestão da

petista

ruim ou péssima.

Os dados foram coletados entre 2 e 13 de junho, por meio de 1.200 entrevistas em 72 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

A

baixa popularidade de Temer é explicada por três fatores: a falta de uma agenda clara de mudanças, a imagem de político tradicional e o contexto turbulento no qual governa, conforme indica

Danilo

Cersosimo, diretor na

Ipsos

Public

Affairs e responsável pela pesquisa.

Para

Cersosismo, por não ter

sido eleito por voto direto, Temer não teve um conjunto de medidas apresentado e aprovado pela população e seus problemas em comunicar as ações intensificariam o problema. Além disso, soma-se o

momento de instabilidade, com escândalos de corrupção, Congresso arredio, queda de ministros e a própria interinidade de sua gestão.

"Era muito mais o impeachment dela, do que uma esperança que se depositava nele. O pensamento era: com ela se tornou tão insustentável que é impossível o vice ser pior."

No entanto, os resultados ruins para Temer e a leve recuperação de Dilma

não significam que houve uma transferência de popularidade ou um certo saudosismo, alertam os especialistas.

Para

o responsável pelo levantamento, o aumento da aprovação da

petista

pode ser explicado por seu afastamento. Ela não estaria mais no "olho do furação", o que diminuiria o desgaste de sua imagem. O culpado pelos problemas agora seria Temer, alvo da opinião pública.

A má

avaliação do governo interino na pesquisa pode ter tido como

fator fulcral

a falta de mudanças na política e na economia, diz o diretor da

Ipsos.

Em junho, para 43% dos entrevistados, o governo federal era ruim ou péssimo. O número é menor do que o último registrado no mandato de Dilma – 69%

–mas é um mau começo, pondera

Cersosismo.

O estudo não indicou somente

a desaprovação do presidente interino e de seu governo, mas mostrou também o pessimismo quanto ao futuro do país. Para 89% dos entrevistados, o Brasil está no rumo errado. A

porcentagem

se mantém no patamar dos 90% desde junho de 2015.

A falta de credibilidade dos políticos e da política

estariam incluídos nesse ceticismo dos brasileiros, ressalta

Melo.

"O que deputados, senadores e governadores falam é pouco assimilado. Toda a ideia de líder está em crise."

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