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Petistas cobram viagens e Dilma decide fazer vaquinha para pagar voos

Intitulada "Jornadas pela Democracia", a ferramenta na internet, ou crowdfunding, será organizada por algumas amigas da petista da época da ditadura

Petistas cobram viagens e Dilma decide 
fazer vaquinha para pagar voos
Notícias ao Minuto Brasil

19:52 - 28/06/16 por Folhapress

Política Impeachment

Em reunião nesta terça (28) no Palácio da Alvorada, a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi cobrada por petistas a viajar mais pelo país e decidiu adotar uma plataforma digital como forma de arrecadar dinheiro para pagar seus voos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

O primeiro trecho que será custeado por Dilma está previsto para esta quinta-feira (30), quando a petista deve ir a Belém para participar de um evento com simpatizantes de seu governo.

Depois que a Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou, na semana passada, que Dilma utilize os jatos da FAB para além do percurso Brasília-Porto Alegre, desde que arque com os custos da viagem, ela resolveu encampar a ideia do financiamento coletivo.

Intitulada "Jornadas pela Democracia", a ferramenta na internet, ou crowdfunding, será organizada por algumas amigas da petista da época da ditadura.A assessoria de Dilma não sabe dizer quando a plataforma vai entrar no ar e, portanto, não está claro se a viagem de quinta poderá ser paga com esses recursos.

Procurada, a FAB informou que não pode divulgar o custo logístico das horas de voo por questões "estratégicas" da aviação militar.

AMPLIAR AGENDA

Durante a reunião com a executiva nacional do PT, nesta terça, a presidente afastada se comprometeu a intensificar sua agenda e, em exposição aos colegas de partido, afirmou que, após a divulgação da perícia do Senado nesta segunda (27), "ficou claro que está cada vez mais difícil sustentar que houve crime" ao justificar seu processo de impeachment.

De acordo com a perícia feita por técnicos do Senado, Dilma agiu diretamente para liberar créditos suplementares por meio de decretos, sem aval do Congresso, mas não há como provar atuação da então presidente nas pedaladas fiscais -empréstimos de bancos federais ao Tesouro.

Além dos parlamentares e dirigentes petistas, estavam presentes no Alvorada os ex-ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e o assessor especial de Dilma, Giles Azevedo.

A executiva do PT havia pedido uma conversa com a presidente afastada para debater "o cenário político" e as "estratégias" do partido até o julgamento final do impeachment, previsto para agosto.

NOVAS ELEIÇÕES

Outro tópico discutido na reunião desta terça (28) foi a possibilidade de Dilma convocar um plebiscito para novas eleições presidenciais caso volte ao Palácio do Planalto. A petista já topou a ideia, mas quer o apoio dos movimentos sociais e a unificação de seu partido, o PT, em torno da tese.

Havia resistência entre os próprios petistas e também no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e na CUT (Central Única dos Trabalhadores).Segundo a Folha apurou, porém, houve uma sinalização, no encontro desta terça, que pelo menos PT e CUT estão dispostos a fechar questão e apoiar a ideia. O MST, por sua, vez, ainda resiste.

"Há uma posição da Frente Brasil Popular de que é possível conviver com a posição de fazer um plebiscito com a posição do 'Fora, Temer'. Isso ficou equacionado", disse à Folha o senador Humberto Costa (PT-PE).

Para ele, convencer os senadores de que Dilma está disposta a fazer uma consulta popular para novas eleições presidenciais é "a única maneira" de fazer com que ela consiga pelo menos 27 votos no Senado para retomar o cargo. Com informações da Folhapress.

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