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Cardozo diz que só "joga a toalha quando se perde"

Concluída essa fase, a previsão é que, na próxima semana, o colegiado interrogue a presidente afastada. Ela não é obrigada a comparecer, e Cardozo pode representá-la na sessão

Cardozo diz que só "joga a toalha quando se perde"
Notícias ao Minuto Brasil

17:24 - 30/06/16 por Notícias Ao Minuto

Política Impeachment

Em entrevista no Palácio do Alvorada, nesta quinta-feira (30), o advogado da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment, José Eduardo Cardozo, declarou, ao ser questionato se cogita "jogar a toalha", que "só se joga a toalha quando se perde".

Segundo informações do G1, a comissão do Senado concluiu as audiências com as testemunhas de defesa e de acusação que foram convidadas a prestar depoimento.

Concluída essa fase, a previsão é que, na próxima semana, o colegiado interrogue a presidente afastada. Ela não é obrigada a comparecer, e Cardozo pode representá-la na sessão.

"Nunca se perde a guerra antes da hora. Todos que defendem a democracia jamais perdoariam o advogado e a presidenta se eles jogassem a toalha antes da hora. Acredito na democracia, acredito que não poremos o país a um ridículo mundial por um impeachment com tamanha debilidade nas denúncias. Portanto, só se joga a toalha no momento em que se perde, e ainda há muito o que ser colocado", disse o ex-ministro da Justiça nesta quinta.

Nesta semana, o documento técnico apontou que há provas de que Dilma agiu diretamente na edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional.

"Mesmo que fossem ilegais os decretos, mesmo que fosse correto uma punição retroativa, onde está o dolo? Há culpa? O que é culpa? O conceito jurídico é que quem tem culpa é quem age com imprudência e imperícia. Quem é o imprudente é o que sabe de uma coisa e faz", disse o ministro.

"A presidente não foi avisada [pelos técnicos que poderia ter irregularidades nos decretos]. Ela foi imprudente? Não. Foi imperita? Como? Todos os técnicos diziam que não havia problemas nos decretos. Ou seja, onde está a culpa? Não tem. É necessário dolo, má-fé e intenção de burlar a lei. Ou seja, culpa ela não tem. E a perícia não diz que tem crime ou que não crime. A partir da perícia, eu deduzo da perícia que está descaracterizado o dolo", completou o ex-ministro da Justiça.

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