Mônica Moura admite caixa 2 em campanha de Dilma em 2010
Ré na Lava Jato, ela fez a afirmação nesta quinta-feira
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Política Sérgio Moro
Mônica Moura, mulher do
ex-marqueteiro
do PT
João Santana, admitiu ao juiz federal
Sérgio Moro
que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro
Zwi
Skornick
foi de caixa dois da campanha presidencial de
Dilma
Rousseff, em 2010.
Segundo o G1, a afirmação foi feita na audiência realizada na Justiça Federal de
Curitiba, relacionada à ação penal originada a partir da 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em fevereiro deste ano. Ela responde pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro. O marido dela
também
é réu neste mesmo processo.
O casal
está
preso
na carceragem Superintendência da Polícia Federal (PF), na capital paranaense.
Mônica disse que o pagamento refere-se à uma dívida de campanha do Partido dos Trabalhadores. "Ficou uma dívida de quase R$ 10 milhões que não foi paga e que demorou e foi protelada e eu cobrei muito essa dívida", relatou ao juiz.
"Depois de dois anos de luta, eu tive uma conversa com o
Vaccari
[João
Vaccari
Neto], que era a pessoa responsável pelos pagamentos, era o tesoureiro na época da campanha, era quem acertava comigo. Ele me mandou procurar um empresário que queria colaborar com o partido e que ia pagar essa dívida de campanha, foi assim que eu cheguei ao senhor
Zwi", afirmou Mônica.
De acordo com a coluna de Monica Bérgamo na Folha de S. Paulo, Santana disse, em seu depoimento, que, mesmo que a mulher fosse a responsável pelas finanças, tinha conhecimento de como a dívida estava sendo saldada. Tanto Santana quanto Mônica disseram que não sabiam que Zwi tinha contratos com a Petrobras ou que os recursos poderiam vir de propina.