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Para travar investigações, equipe de Cabral criptografava mensagens

Doleiro Marcelo Chebar conta em delação como era feito esquema de segurança da quadrilha

Para travar investigações, equipe de Cabral
 criptografava mensagens
Notícias ao Minuto Brasil

10:11 - 26/03/17 por Notícias Ao Minuto

Política CSI Rio

O Ministério Público Federal (MPF) revelou que a equipe do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), criptografava mensagens trocadas entre os membros do grupo para dificultar as investigações da Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Lava Jato. Além disso, o grupo salvava e-mails no rascunho de uma conta que todos tinham acesso. Como as mensagens não eram enviadas, não eram captadas pelo servidor.

Segundo revelado pelo O Globo, o doleiro Marcelo Chebar contou em delação como era feito o esquema.

De acordo com o depoimento, Marcelo e o irmão dele, Renato, eram os responsáveis por ocultar o dinheiro de Cabral, do ex-secretário de Governo Wilson Carlos e do operador do esquema no exterior Carlos Miranda.

Quando Marcelo e Renato tinham que viajar para fora do país, Carlos Miranda criou uma conta de e-mail que todo o grupo pudesse acessar, com o endereço cazaalta@gmail.com. Por lá, eles trocavam arquivos usando a pasta rascunhos e conseguiam ver os pagamentos que deveriam ser realizados.

Para garantir a segurança do esquema, o grupo usava sempre um pendrive para baixar os arquivos, ao invés de salvá-los no HD. Os documentos eram sempre criptografados e um disco escondido era criado no pen drive pelo programa Steganos. Mais tarde, todos os dispositivos móveis eram destruídos.

Para falar com o doleiro Vinicius Claret, o Juca Bala, eles usavam o programa Pidgin, que também criptografava as mensagens, conforme relatado. Por segurança, Juca também mudava sempre de nome de usuário no MSN Messenger.

Que a operacionalização do dólar cabo com Juca ocorria da seguinte forma: de posse dos reais enviados por Sérgio Cabral através de Carlos Miranda, entrava em contato com Juca pelo MSN, por meio do programa Pidgin, para fechar a taxa de câmbio; Que foi Juca que sugeriu a utilização do citado programa, em razão do mesmo ser criptografado; Que Juca também utilizava os nomes/apelidos Ana Holtz e Peter."

Vinicius Claret está preso no Uruguai e o MPF já solicitou que ele seja extraditado para o Brasil. Os irmãos Chebar e Juca Bala sãos réus em processos com Cabral.

Leia também: Doleiro do PMDB articula esquema para escapar de operações da PF

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