STJ nega pedido de liberdade de Palocci, preso pela Lava Jato
De acordo com investigações, ex-ministro tinha papel proeminente no esquema de corrupção e coordenou repasses de mais de US$ 10 milhões em propina ao PT
© REUTERS/Rodolfo Buhrer
Política Curitiba
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou nesta terça-feira (18) pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, preso desde setembro pela Lava Jato em Curitiba.
Palocci é réu por corrupção e lavagem em um processo conduzido pelo juiz Sergio Moro. De acordo com as investigações, ele tinha papel proeminente no esquema de corrupção e coordenou repasses de mais de US$ 10 milhões em propina ao PT.
Relator dos recursos da Lava Jato no STJ, o ministro Felix Fischer avaliou que não há constrangimento ilegal que justifique a soltura do ex-ministro.
No entendimento de Fischer, a prisão é necessária para a garantia da ordem pública, uma vez que foi decretada para combater a corrupção sistêmica. E, como há indícios de materialidade e de autoria dos crimes, se justifica a manutenção da prisão preventiva, segundo o ministro.
O voto do relator foi seguido pelos outros quatro ministros que compõem a Quinta Turma do STJ: Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca, Marcelo Navarro e Joel Paciornik.
A defesa de Palocci já esperava a derrota no STJ. Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, o petista já deu o primeiro passo para sua delação premiada. Há cerca de duas semanas ele teve uma reunião sobre o assunto na Polícia Federal em Curitiba, onde está preso.
Pessoas ligadas a Palocci dizem que os principais temas que o político pretende tratar envolvem corrupção de empresas do sistema financeiro, como bancos, além de conglomerados que não integram grupos de empreiteiras. Com informações da Folhapress.
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