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Ex-secretária de Adriana detalha como era feito pagamento de propina

Michele Thomaz Pinto é testemunha-chave no processo que investiga o repasse de dinheiro ilícito à mulher de Sérgio Cabral

Ex-secretária de Adriana detalha como era
feito pagamento de propina
Notícias ao Minuto Brasil

08:38 - 02/05/17 por Notícias Ao Minuto

Política Lava Jato

Michele Thomaz Pinto, ex-secretária executiva de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador de Sérgio Cabral, detalhou como eram feitos os repasses de dinheiro ilegal à advogada, em seu escritório de advocacia, localizado na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

Em depoimento como testemunha-chave no processo que investiga o repasse de propina à mulher do ex-governador, Michele defendeu-se das acusações de fraude e roubo, feitas pela ex-patroa, e contou que as remessas de dinheiro que chegavam ao escritório iam de R$ 200 mil a R$ 300 mil semanais.

Segundo Michele, cabia a ela receber o entregador, Luiz Carlos Bezerra, um dos operadores de Cabral, contar o dinheiro e pagar as despesas de Adriana. "Estão tentando atacar a minha imagem para desmentir o que fizeram de errado", diz ela.

Já Adriana afirmou ao juiz Sérgio Moro que demitiu Michele, em novembro de 2015, depois de saber, pela gerente de sua conta bancária, que a secretária usava os seus cheques para fazer pagamentos desconhecidos. Em contrapartida, Michele diz que fazia isso sob ordem da própria Adriana.

A ex-secretaria também relatou que, da sua mesa, via Adriana receber, frequentemente, uma funcionária da H.Stern levando uma bolsa preta. Um segurança da joalheria sempre acompanhava a vendedora, mas não entrava na sala, de acordo com informações de O Globo.

O dinheiro entregue pelo operador, disse Michele, servia para pagar os 17 funcionários pessoais do casal, os oito funcionários do escritório, a bonificação dos advogados e contas de Adriana, como taxas de condomínio, incluindo dois apartamentos na Rua Prudente de Morais, em Ipanema, mensalidade da escola dos dois filhos e boletos diversos, como os da Sky e da NET.

Michel ainda disse que o operador nunca tratava o dinheiro pelo nome, preferia usar expressões como “bombom”, “brigadeiro” ou “encomenda” para se referir ao conteúdo da mochila.

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