Joesley coloca passaporte à disposição e quer ser ouvido por Fachin
Dono da J&F ainda não recebeu confirmação de pedido de prisão feito pela PGR
© Adriano Machado/Reuters
Política Estratégia
O dono do grupo J&F, Joesley Batista, e o executivo Ricardo Saud não foram comunicados formalmente sobre o suposto pedido de prisão protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e noticiado por Estadão e Folha. Por esta razão, a defesa de ambos enviou petição ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para que possam elaborar defesa caso a informação seja confirmada.
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"Em prol do contraditório e da ampla defesa, requer-se a intimação dos peticionários, bem como a cópia do requerimento e das peças necessárias, para manifestação", diz parte da defesa publicada no Uol.
"Caso haja qualquer dúvida sobre a intenção dos peticionários em submeterem-se à lei penal, ambos, desde já, deixam à disposição seus passaportes, aproveitando para informar que se colocam à disposição para comparecerem a todos os os atos processuais para prestar esclarecimentos, da mesma forma com que têm colaborado com a Justiça até o presente momento", prossegue o documento assinado pelos advogados Pierpaolo Bottini e Ana Fernandes Ayres Dellosso.
Os advogados também pediram uma audiência com Fachin antes que qualquer decisão por parte do magistrado seja deferida. Para tal citam artigo do Código Penal segundo o qual, se o caso não for de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz deve intimar o alvo de uma medida cautelar (como pedido de prisão), acompanhada de uma cópia do requerimento e das peças necessárias.