Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Em depoimento, Funaro chora e desabafa: 'Minha vida virou um inferno'

Delator disse também que o presidente Michel Temer sabia sobre esquema de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha

Em depoimento, Funaro chora e desabafa: 'Minha vida virou um inferno'
Notícias ao Minuto Brasil

10:39 - 31/10/17 por Notícias Ao Minuto

Política Depoimento

O corretor de valores e delator Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de propinas do PMDB, afirmou em depoimento à Justiça Federal que o presidente Michel Temer sabia sobre um esquema de repasse de propinas na Caixa Econômica. O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha seria o responsável pela distribuição do dinheiro.

De acordo com informações do UOL, Funaro chegou a se emocionar durante a audiência, realizada na 10ª Vara Federal de Brasília no último domingo (27). "Minha irmã foi presa, meu irmão foi quase preso. Minha vida se transformou num inferno. Não tive outra opção", disse.

"Eu não quero mais passar por isso. Faz um ano e meio que não vejo meu pai", desabafou o delator. "Não tenho coragem de pedir para ele vir me visitar."

+ Prisão onde está Sérgio Cabral no Rio ganha 'sala de cinema'

Questionado sobre nomes de pessoas que sabiam do esquema ilícito, o delator citou o presidente Michel Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Funaro apontou, ainda, a participação do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) no esquema na Caixa.

As defesas de Henrique Alves e de Moreira Franco dizem que seus clientes não estão envolvidos em qualquer prática ilegal. Em nota, o advogado Gamil Föpel, que representa Geddel e Lúcio Vieira Lima, afirma que as declarações do delator são "vazias e inverídicas".

A Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou, por meio de nota, que "o presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos, ainda mais partindo de um delator que já mentiu outras vezes à Justiça".

Campo obrigatório