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Deputado do Rio desiste de vaga no Tribunal de Contas após operação

Edson Albertassi foi levado para depor na Polícia Federal, na manhã desta terça-feira

Deputado do Rio desiste de vaga no Tribunal de Contas após operação
Notícias ao Minuto Brasil

20:30 - 14/11/17 por Folhapress

Política Lava Jato

O deputado estadual Edson Albertassi (PMDB) desistiu da indicação para uma vaga de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio. Ele afirmou em nota que enviou um ofício à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa solicitando a devolução da mensagem do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em que é indicado para o cargo.

Albertassi foi levado para depor na Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (14), no âmbito da operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato que investiga suspeitas de repasses de propina das empresas de ônibus a deputados do Estado do Rio.

Pezão havia dito nesta quarta-feira (14) que iria manter a indicação de Albertassi. Ele afirmara que ainda é cedo para mudar o nome a ser indicado com base nas investigações em curso.

"É cedo [para descartar o nome de Albertassi]. Eu mesmo já fui investigado por dois anos pela PF. Vamos esperar o transcorrer do dia e dar às pessoas o amplo direito de defesa", disse o governador em agenda no Palácio Guanabara, sede do governo no Rio.

Três deputados da cúpula do PMDB do Rio foram levados a depor nesta terça: Albertassi, Paulo Melo e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani. Eles tiveram ainda pedido de prisão em flagrante emitido pelo Ministério Público Federal, que está ainda em análise pela Justiça.

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Um dos filhos de Picciani, o veterinário Felipe Picciani, foi preso em Uberlândia. Ele é executivo da empresa Agrobilara, sob suspeita de ser usada para lavagem de dinheiro do suposto esquema.

Em nota, Picciani disse que a prisão de seu filho "foi uma covardia". "[Foi] feita para atingir somente a mim", disse Jorge Picciani. Ele negou as acusações e afirmou que a empresa Agrobilara atua há 33 anos no ramos de reprodução de bovinos.A indicação de Albertassi para a vaga no TCE foi um dos argumentos usados pelo Ministério Público Federal para pedir a prisão em flagrante do parlamentar.

Pezão o indiciou após os conselheiros-substitutos que atualmente integram a corte terem renunciado à disputa pela nomeação. A ausência de candidatos abriu uma brecha -questionável na análise da Procuradoria- para a escolha livre do governador, a depender da aprovação da Assembleia.

"Fazer do deputado Albertassi um membro do TCE a esta altura é uma demonstração forte de poder por parte da organização criminosa, poder este que somente encontrará barreira suficiente na decisão judicial de acautelar a ordem pública e proteger a atividade persecutória que ora se inicia", afirma a Procuradoria no pedido de prisão.

Pezão, contudo, rebateu os argumentos ao afirmar que a indicação foi feita porque o parlamentar era qualificado para o cargo.

A indicação foi suspensa por decisão do Tribunal de Justiça do Rio. Caso ela se concretizasse, toda a investigação seria levada para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A procuradora Andréa Bayão Freire afirmou "não ter elementos concretos" de envolvimento de Pezão na suposta tentativa de atrasar as investigações.

Desde março o TCE funciona com três conselheiros substitutos, em razão da prisão de quatro conselheiros, além do próprio então presidente. Com informações da Folhapress.

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