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Antes de ser preso, Garotinho comemorou prisão de deputados: 'Faxina'

Ex-governador do Rio e a mulher, Rosinha Garotinho, foram detidos pela PF, nesta quarta-feira (22), acusados de integrar organização criminosa para arrecadar recursos ilícitos para financiar campanhas eleitorais

Antes de ser preso, Garotinho comemorou prisão de deputados: 'Faxina'
Notícias ao Minuto Brasil

11:56 - 22/11/17 por Notícias Ao Minuto

Política Ironia do destino

Nessa terça-feira (21), o ex-governador Anthony Garotinho usou seu perfil no Facebook para fazer uma transmissão ao vivo e celebrar a liminar do Tribunal de Justiça do Rio, que suspendeu a decisão da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), de libertar os deputados do PMDB Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.

Com a decisão, os políticos voltaram à prisão, ainda ontem, suspeitos de participação em esquema de corrupção envolvendo empresas de ônibus, por meio do pagamento de propina.

"Tem até aquela piadinha do PMDB, o Partido do Movimento Democrático de Benfica, está todo mundo em Benfica. Os três deputados, o ex-governador (Sergio Cabral), os seus principais auxiliares, os seus operadores, vários empresários. Uma situação terrível", disse o ex-governador, na gravação.

De acordo com O Globo, ele também acusou outros setores do poder estadual de corrupção e, em tom de premonição, disse que a faxina contra corruptos ainda não havia terminado.

"É preciso que a população acorde, porque ainda não terminou a faxina. Faltam outros setores que foram altamente envolvidos com essa safadeza toda", disse Garotinho.

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O que o ex-governador não imaginava era que, menos de 24 horas depois, seria ele o alvo da Polícia Federal, junto com a mulher, Rosinha Garotinho. Garotinho foi preso em seu apartamento, na Praia do Flamengo, zona sul da capital fluminense, enquanto a também ex-governadora foi detida em sua casa, em Campos dos Goytacazes, no norte do estado.

Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), o casal arrecadou fundos de maneira indevida para o financiamento de eleições em 2010, 2012, 2014 e 2016.

Um dos braços da organização criminosa, ainda conforme O Globo, foi revelado no depoimento do diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, que afirma ter repassado R$ 2,6 milhões de um total de R$ 20 milhões à campanha de Garotinho para o governo fluminense em 2014.

Outras acusações no pedido do MPE incluem corrupção passiva, extorsão, lavagem de dinheiro e crime eleitoral pela omissão de doação na prestação de contas. O órgão alega, ainda, que a quadrilha se mantém em atividade, tentando intimidar testemunhas e obstruir investigações.

Em nota distribuída por sua assessoria de imprensa, Anthony Garotinho atribui a prisão deles a uma perseguição da qual, explica, vem sendo vitima, desde que denunciou o esquema do ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio.

Durante a gravação no Facebook, o político reivindicou para si papel importante nas investigações contra Cabral e Picciani. "Muito mais virá aí. Vocês podem anotar que muito mais. Garotinho, tem mais? Lamentavelmente, tem mais. Garotinho, tem mais gente para ser presa? Lamentavelmente. Vocês vão ver coisas que são difíceis de acreditar (...) A desmoralização é total", destacou o ex-governador, que acusou o atual, Luiz Fernando Pezão, de continuar o esquema do antecessor.

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