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Decisão de Fachin sobre Lucio Vieira deve ser rápida, apostam deputados

Irmão do ex-ministro Geddel foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, e ainda teve o recolhimento noturno solicitado pela PGR

Decisão de Fachin sobre Lucio Vieira deve ser rápida, apostam deputados
Notícias ao Minuto Brasil

07:42 - 06/12/17 por Notícias Ao Minuto

Política Expectativa

Os colegas do deputado federal Lucio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Gededel Vieira Lima, acreditam que o minitro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), não deve demorar a decidir sobre o recolhimento noturno do político, solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O órgão denunciou, na última terça-feira (5), o deputado e o irmão dele, que está preso na Papuda (DF), por crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Também foram alvo da ação outras quatro pessoas: a mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, os ex-secretários parlamentares, Job Ribeiro Brandão e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, e o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho.

A denúncia é decorrente das investigações realizadas a partir da descoberta e apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador. Para os investigadores, não há dúvidas de que o dinheiro localizado no imóvel é resultado de práticas criminosas como corrupção passiva e peculato.

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Ainda foi solicitada a prisão domiciliar de Marluce Vieira Lima e o recolhimento noturno e nos dias de folga do deputado Lúcio Vieira Lima. Segundo a denúncia, ambos continuam a praticar crime de peculato, a manipular provas e a obstruir a investigação criminal. Outro pedido foi a indisponibilidade de sete empreendimentos imobiliários adquiridos para viabilizar a lavagem de dinheiro.

Se Fachin concordar com o Ministério Público Federal (MPF), o STF deve enviar um comunicado à Câmara, em até 24 horas. Caberá, então, aos parlamentares, decidirem se mantêm ou não a decisão do Supremo.

De acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, não há prazo definido para esta etapa do processo. No entanto, enquanto o caso não for votado em plenário, valerá a posição de Fachin.

Os aliados do presidente Michel Temer também estariam atentos ao momento pós-denúncia da PGR. Muitos consideram que pode se tratar de uma "isca" rumo a um possível acordo de delação premiada por parte dos irmãos.

Há, em contrapartida, um agravante que deve dificultar o trâmite: as malas contendo R$ 51 milhões, em espécie, apreendidas no apartamento usado pelos suspeitos. A image, considera o Planalto, segundo fontes ouvidas em Brasília, é a mais forte já produzida por investigadores, desde o início da Lava Jato.

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