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Em prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht poderá receber 15 visitas

Confira termos do acordo do empreiteiro com a força-tarefa da Lava Jato

Em prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht poderá receber 15 visitas
Notícias ao Minuto Brasil

18:11 - 19/12/17 por Folhapress

Política Regras

Após dois anos e meio preso em Curitiba, o empresário Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo que leva seu sobrenome, chegou ao condomínio onde mora no Morumbi, na zona oeste de São Paulo, onde ficará em prisão domiciliar pelo mesmo período.

Antes, o empreiteiro passou por uma audiência com a juíza federal substituta Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena dele. Ela deu a Odebrecht informações sobre as regras da prisão domiciliar.

Veja a seguir termos do acordo de Odebrecht com a força-tarefa da Lava Jato e os próximos passos para o empresário.

TERMOS DO ACORDO

- Em dois anos e meio de regime domiciliar, Marcelo Odebrecht poderá sair de casa duas vezes. Uma delas será para ir à formatura de uma de suas filhas na faculdade em 2018.

- Na prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht poderá receber visitas de 15 pessoas, que terão que constar de uma lista enviada por ele para o juiz de execução penal de Curitiba.

- Além delas, podem ver Marcelo profissionais de saúde (médicos, dentistas e fisioterapeutas) e advogados. Não há restrição em relação a convidados da mulher de Odebrecht ou das três filhas do casal.

PRÓXIMOS PASSOS

- Após cumprir pena na cadeia, em regime fechado, Odebrecht passará os próximos dois anos e meio em regime domiciliar fechado, com o uso de tornozeleira eletrônica.

- Depois, passa para o regime semiaberto diferenciado, com o recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana e feriado.

- Em dezembro de 2022, o executivo ficará outros dois anos e meio em regime aberto, mas com recolhimento domiciliar noturno nos finais de semana e feriados.

CRONOLOGIA

Relembre os principais acontecimentos envolvendo o empresário na Lava Jato

1º PEDIDO DE PRISÃO

19.jun.15

Marcelo Odebrecht é preso preventivamente pela Lava Jato. Segundo o juiz Sergio Moro, há prova de pagamento de propina pela empresa.

22.jun.15

Bilhete de Marcelo à sua defesa recolhido pela PF traz orientações para contestar acusações. Uma das frases, 'destruir e-mail sondas', leva à suspeita de tentativa de ocultar provas.

20.jul.15

PF apresenta um relatório com anotações encontradas no celular do executivo que sugerem que ele tentou deter o avanço das investigações.1ª DENÚNCIA

24.jul.15

Lava Jato encontra contas na Suíça que ligam a Odebrecht ao pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras. Marcelo é denunciado, e nova prisão preventiva é decretada.

28.jul.15

Moro acolhe a primeira denúncia contra Marcelo, no caso de contratos de R$ 12,6 bilhões em obras de refinarias no Paraná e Pernambuco, no Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) e na sede da Petrobras em Vitória (ES).

16.out.15

Marcelo é novamente denunciado sob acusação de pagar propinas no total de R$ 138 milhões em oito obras da Petrobras.

19.out.15

Moro aceita a denúncia e decreta a prisão preventiva do empresário pela terceira vez.

10.dez.15

Executivo formaliza seu afastamento da presidência do grupo.CONDENAÇÃO

8.mar.16

Marcelo Odebrecht é condenado pelo juiz Moro a 19 anos e 4 meses de prisão.

28.abr.16

Empresário é alvo de nova denúncia, relacionada às investigações sobre setor de pagamentos de propina na empresa e repasses ao marqueteiro do PT João Santana; acusação é aceita.DELAÇÃO

25.mai.16

Marcelo e Ministério Público assinam negociação de delação premiada e de leniência.

8.jun.16

Empresa envia comunicado aos funcionários com autocrítica sobre sua conduta.

3.out.16

PGR propõe a advogados da Odebrecht que Marcelo cumpra pena de quatro anos em regime fechado por atuação no esquema da Petrobras. Após negociação, punição foi fechada em dez anos, sendo dois e meio deles em regime fechado.

1º e 2.dez.17

Assinados os acordos de leniência e delação –este último, com 78 executivos do grupo Odebrecht, incluindo Marcelo, que se comprometem a contar o que sabem e pagar multa. Documentos são enviados ao ministro do STF e relator do caso, Teori Zavascki.

30.jan.17

Após a morte de Teori, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, homologa as delações de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht.

19.jun.17

Marcelo Odebrecht completa dois anos de prisão.

22.ago.17

Lava Jato denuncia Marcelo Odebrecht, o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine e outros executivos. Os crimes atribuídos ao grupo são lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço à investigação; acusação também é aceita.

19.dez.17

Marcelo Odebrecht sai da cadeia para cumprir pena em regime domiciliar.

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