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Eleições são 'última preocupação', diz Maia

Maia disse, em conversa com jornalistas, que, no momento, sua última preocupação são as eleições

Eleições são 'última preocupação', diz Maia
Notícias ao Minuto Brasil

21:12 - 14/01/18 por Folhapress

Política Política no Brasil

Em visita aos EUA para um encontro com António Guterres, secretário-geral da ONU, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que seja pré-candidato à Presidência.

Maia disse, em conversa com jornalistas, que, no momento, sua última preocupação são as eleições e que a viagem, agendada havia meses, nada tinha a ver com uma possível campanha para alavancar seu nome ao pleito.

"Eu não estou preocupado com eleição. Se estivesse, estaria ouvindo meus amigos dizendo que eu não deveria manter a votação [da reforma da Previdência]", afirmou.

Ele, no entanto, comentou as eleições -e se disse cético quanto a uma possível vitória do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e defendeu que Lula se candidate e concorra.

"Eu nem acho que ele [Bolsonaro] será o vencedor. Mas irei respeitar, como vou respeitar se o presidente Lula puder disputar a eleição e ganhar, ou o governador Geraldo Alckmin [PSDB]."

Maia disse querer que Lula dispute as eleições porque tem "muita convicção" que ele vai perder. "É importante que ele dispute e que a gente desmonte a tese de que o Lula é imbatível, que o legado dele foi uma maravilha."

Segundo o presidente da Câmara, na hipótese de o petista concorrer, "um, ou dois, ou três candidatos do nosso campo" poderão, ao longo da corrida presidencial, fazer "um enfrentamento" com ele e destacar esse legado "ruim".

O deputado comentou ainda declarações de Bolsonaro sobre gastos com auxílio-moradia -no dia 8, a Folha de S.Paulo revelou que o parlamentar manteve o benefício, apesar de ter imóvel próprio em Brasília. Em entrevista sobre o caso, disse que usava o dinheiro para "comer gente".

Segundo o presidente da Câmara, esse é apenas o "perfil" do colega, que se usa de "frases de impacto e irônicas".

"Minha crítica a ele é em relação ao posicionamento mais extremado, mas eu nunca o vi com atitudes concretas de desrespeito ao uso do dinheiro público", disse.

PREVIDÊNCIA

Rodrigo Maia também minimizou um possível desconforto com Henrique Meirelles. O ministro da Fazenda responsabilizou o Congresso, que ainda não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, pelo rebaixamento da nota de crédito da dívida brasileira pela agência S&P.

Nos bastidores, os dois travam uma batalha para tentar se viabilizar como o nome de centro para as eleições.

Maia jogou a culpa do atraso na votação da reforma nas denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer, barradas pela Câmara em agosto e outubro.

"Sobre a reforma da Previdência [e a votação], sempre fui muito realista. O governo sai do fim de 2016 de uma base de 316 deputados e termina 2017, após a segunda denúncia, com 250. É preciso recompor 70, 80 votos."

Maia afirmou ainda que a aprovação da matéria em fevereiro é "viável", mas demandará "diálogo e envolvimento de outros políticos, inclusive governadores" -ele lembrou a situação fiscal delicada de Estados e a necessidade de "reestruturar as contas públicas brasileiras".

Na noite deste domingo (14), o deputado se reuniria com a imprensa americana na residência da Missão do Brasil junto à ONU para falar sobre a conjuntura e a agenda econômica do Brasil. No encontro com António Guterres, Maia disse que irá discutir a preocupação do governo com o fluxo de refugiados venezuelanos para o país. Com informações da Folhapress.

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