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Marcha para Jesus terá Bolsonaro e Doria após edição sem políticos

Bolsonato irá com o senador Magno Malta (PR), cotado como vice em sua chapa

Marcha para Jesus terá Bolsonaro e Doria após edição sem políticos
Notícias ao Minuto Brasil

19:54 - 30/05/18 por Folhapress

Política Ano eleitoral

"Políticos evitam aparecer em Marcha para Jesus", dizia reportagem da Folha de S.Paulo em 2016, sobre este que é o maior evento evangélico do Brasil.  

Se naquela edição, também realizada em ano eleitoral, a classe política evitou dar as caras, o cenário é outro em 2018.

As equipes do governador Márcio França (PSB) e do ex-prefeito João Doria (PSDB) confirmaram a presença dos dois rivais na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O prefeito Bruno Covas (PSDB) também ficou de passar no ato que percorrerá, nesta quinta-feira (31) de Corpus Christi, 3,5 km em São Paulo, da estação de metrô Luz à praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira.

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O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) é outra presença certa, segundo a organização da Marcha. Ele irá com o senador Magno Malta (PR), cotado como vice em sua chapa e convidado cativo no evento -no qual já se apresentou com sua banda gospel, a Tempero do Mundo, que tem no repertório "Força na Mão de Deus" e "Íntima Adoração". 

Há dois anos, o apóstolo Estevam Hernandes, presidente da Marcha para Jesus, associou a escassez de políticos ao medo de receber vaias da multidão, com a Lava Jato a pleno vapor e a popularidade da categoria em queda livre. 

"Muitos estão fugindo das grandes concentrações", disse à época Hernandes, que fundou com a mulher, a bispa Sonia Hernandes, a igreja Renascer em Cristo, organizadora do evento.

"A Marcha não é um evento político nem palanque, mas recebemos e oramos por todos", diz agora o líder religioso à reportagem.  

Na caminhada do ano passado, Hernandes orou pelo fim da corrupção ( "pai, tira a fome e a corrupção, o Deus de paz vai esganar o satanás sob os teus pés") e fustigou Alckmin por cancelar sua ida em cima da hora. "Ele não julga [a Marcha] importante. Se julgasse, estaria aqui", disse o apóstolo que idealizou o evento 26 anos atrás. 

Neste ano, "vamos obviamente orar pelo Brasil, num contexto que sempre fazemos", afirma o presidente da Renascer, o bispo Geraldo Tenuta. 

Estevam  Hernandes "tem levantado o clamor pelo Brasil" em cultos, lembra o suplente de deputado Marcelo Aguiar (DEM-SP), representante da Renascer no Congresso. As redes sociais da bispa Sonia reforçam essa ideia. "Poderoso, cremos na cura da nação #BrasilRestaurado", ela postou nesta semana, legenda que acompanhou uma foto da bandeira nacional.

Novidade em 2018: a Universal do Poder de Deus mandará representantes à Marcha, algo inédito para uma igreja que não costuma participar de grandes eventos liderados por outras denominações.Mas há desconforto, no segmento evangélico, com a projeção dada a políticos aliados da Renascer (caso de Marcelo Aguiar, que, além de político, é cantor gospel e se apresentará no evento).

"Em ano eleitoral, sinto que não sou bem-vindo na Marcha. Como ela é organizada pela Renascer, e eles têm um deputado federal, o tratamento é, digamos, indiferente. Mas desejo sucesso ao evento", afirma o deputado Marco Feliciano (Podemos), que tentará a reeleição.

A greve dos caminhoneiros por pouco não empacou a 26ª edição da caminhada que sai pelas ruas de São Paulo desde 1993. A montagem do palco que receberá estrelas do cancioneiro gospel como Aline Barros atrasou, após parte da estrutura ficar retida em bloqueios rodoviários. A locomoção e o combustível dos 11 trios elétricos foram outro contraponto resolvido de última hora.

Percalços à parte, "estamos orando pelo país e pelos caminhoneiros que estão na estrada, que estão  neste grande movimento que é de direito", diz Aguiar. Com informações da Folhapress. 

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