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PF teve bom senso sobre soltura de Lula, diz presidente de associação

"Nós ficamos com duas ordens, uma para soltar e uma para manter preso", afirmou Edvandir Felix de Paiva

PF teve bom senso sobre soltura de Lula, diz presidente de associação
Notícias ao Minuto Brasil

16:22 - 12/07/18 por Folhapress

Política Declaração

O presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Edvandir Felix de Paiva, diz acreditar que a Polícia Federal do Paraná agiu com perfeição diante da guerra judicial do último domingo (8), que determinou e suspendeu a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Nós ficamos com duas ordens, uma para soltar e uma para manter preso. Não tinha como cumprir antes de uma decisão do presidente do tribunal", disse à reportagem em evento da entidade em Curitiba (PR). "Notamos uma ação com bom senso e equilíbrio. Havia muita pressão, mas a decisão tomada foi perfeita."

Segundo Paiva, ameaças na internet contra o juiz Sergio Moro estão sendo apuradas. Ele afirmou que não chegaram ao seu conhecimento ameaças contra o juiz federal do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que determinou a soltura de Lula, Rogério Favreto.

"Mas, assim como o dr. Moro, qualquer outro juiz que tenha sido ameaçado a Polícia Federal vai apurar. A PF já está atuando, até preventivamente para desencorajar qualquer ação", disse.

+ Justiça Federal do DF nega habeas corpus a Cunha

Paiva participa nesta quinta (12) de evento de lançamento da campanha "O brasileiro tem sede de mudança", que reúne na cidade onde nasceu a Lava Jato delegados federais pré-candidatos às eleições de 2018.

Entre os delegados, estiveram presentes Fernando Francischini (PSL), braço direito de Jair Bolsonaro (PSL) no Paraná e candidato ao Senado, e Gastão Schefer (PSL), que destruiu equipamento de som da vigília Lula Livre e é candidato a deputado federal.

PEC da autonomia Durante o evento, o presidente da ADPF voltou a defender a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) 412, conhecida como PEC da autonomia, que propõe maior independência à Polícia Federal.

O texto é rejeitado pelo Ministério Público Federal, que o classifica como inconstitucional.

O órgão entende que a PEC comprometeria a supervisão das investigações criminais da PF e fragilizaria o sistema democrático por retirar uma instituição armada da alçada do Ministério da Justiça.

À reportagem o presidente da ADPF classifica a reação do MPF como simples consequência de uma disputa pelas investigações, "absolutamente corporativista", a exemplo do que se viu no debate sobre a possibilidade de a PF firmar colaborações premiadas.

"A autonomia não tira nenhum tipo de controle, nem do Ministério Público nem do Judiciário, sobre a Polícia Federal", defendeu. "A autonomia está na proteção do nosso orçamento e para que nossos dirigentes não sejam ligados ao poder político-econômico."

Segundo ele, o órgão quer, apenas, mandar o orçamento diretamente para o Congresso, sem sofrer contingenciamento; poder escolher o diretor-geral por meio de lista tríplice da instituição; e que caiba ao diretor nomear todos os cargos internos para que não haja pressão político-partidária.

Hoje, o diretor-geral da Polícia Federal é indicado pela Presidência da República. Com informações da Folhapress.

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