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Marina reforça agenda feminina ao se reunir com Maria da Penha

Candidata diz que próximo presidente precisa olhar para a mulher

Marina reforça agenda feminina ao se reunir com Maria da Penha
Notícias ao Minuto Brasil

22:24 - 20/08/18 por Folhapress

Política Em Fortaleza

Três dias após discutir com o candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre a diferença salarial entre homens e mulheres em um debate de televisão, Marina Silva (Rede) se encontrou em Fortaleza nesta segunda (21) com Maria da Penha Fernandes, que se tornou referência no assunto e deu nome à lei que trata da criminalização dos casos de violência doméstica.

Marina assinou um documento elaborado pelo Instituto Maria da Penha com diretrizes para enfrentamento da violência familiar, como melhora no acesso de vítimas de cidades pequenas a agentes de segurança.

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Uma das duas mulheres candidatas a presidente, Marina tem se voltado a temas de interesse feminino.

"Temos 40% da população que com justa razão está indignada, desencantada com o país, e a maioria dos 40% são mulheres. Hoje, a maioria dos lares, principalmente nas comunidades pobres, é liderado por mulheres, que se veem abandonadas, com filhos para criar", disse Marina.

Conhecida pelo perfil comedido, a candidata da Rede surpreendeu ao confrontar enfaticamente Jair Bolsonaro na sexta (17). Marina também o criticou por fotos que tira com crianças criando imagens de armas com as mãos.

"Quando preciso ser incisiva, sou incisiva, não trato como uma estratégia. Nem estava sendo esperada para ser perguntada. Apenas respondi o que achei necessário diante da afirmação que não se precisava fazer nada [sobre a diferença salarial] e que tudo estava resolvido na CLT. Mas as mulheres continuam a receber menos, continuam a ser assassinadas, sendo preteridas na fila de emprego. Ninguém pode ser eleito presidente para dizer que não precisa fazer nada", disse.

No encontro, Marina elogiou Maria da Penha, que por 23 anos foi agredida pelo marido e que tentou matá-la duas vezes, a primeira com arma de fogo, que a deixou paraplégica. A segunda tentativa, por estrangulamento, fez com que Maria da Penha tomasse coragem para denunciá-lo.

O esforço para que a Justiça o condenasse fez com que a lei sancionada em 2006 pelo ex-presidente Lula fosse conhecida por seu nome. "É preciso que o próximo presidente olhe para as mulheres, porque as mulheres continuam morrendo", disse Maria da Penha.

A candidata defendeu ações integradas entre setores do governo que facilitem o acesso das mulheres ao trabalho, à saúde e até ao empreendedorismo, como forma de diminuir a dependência financeira a companheiros que podem usar da violência. Com informações da Folhapress.

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