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Meirelles: Alckmin não é candidato do centro capaz de vencer eleição

Meirelles disse que Alckmin já atingiu um teto, com 10% no último Datafolha, enquanto ele próprio, com 3%, ainda tem potencial de se tornar conhecido

Meirelles: Alckmin não é candidato do centro capaz de vencer eleição
Notícias ao Minuto Brasil

18:26 - 13/09/18 por Folhapress

Política Eleições

O presidenciável tucano Geraldo Alckmin mostrou nas pesquisas mais recentes de intenção de voto que não é o nome certo para aglutinar o eleitorado de centro em uma eleição polarizada entre esquerda e direita como a atual porque não é um candidato competitivo, na opinião do adversário Henrique Meirelles, que concorre ao Planalto pelo MDB. 

Meirelles disse nesta quinta-feira (13) que Alckmin já atingiu um teto, com 10% no último levantamento Datafolha, enquanto ele próprio, com 3%, ainda tem potencial de se tornar conhecido. 

"O verdadeiro candidato do centro para ganhar a eleição, neste caso, sou eu", disse Meirelles, na sabatina promovida em parceria entre Folha de S.Paulo, UOL e SBT com os candidatos a presidente.

IMAGEM DE LULA NA PROPAGANDA

"As pesquisas mostram que as pessoas não se lembram mais que eu fui presidente do Banco Central e trabalhei com o ex-presidente Lula por oito anos. O problema é que as pessoas se lembram de que o Brasil cresceu muito naquela época e a vida melhorou. Eles associam isso ao Lula. Então eu tenho que chamar atenção para quem foi o responsável por isso, quem estabilizou a economia, baixou a inflação e colocou o Brasil para crescer. Quero simplesmente deixar claro quem foi o responsável."

RUMORES DE QUE MDB RETIRARIA SUA CANDIDATURA

"Me divirto com essas notícias porque elas são uma repetição requentada daquelas notícias que existiam antes da convenção, de que o MDB não iria [me] escolher como candidato. Foi a maior vitória de convenção do MDB, eu tive 85% dos votos, foi avassalador. Agora ressurgiu, mas isso faz parte da democracia e de um partido que é muito grande, está presente no Brasil inteiro, tem opiniões diversas, mas a grande maioria está firme. Estou visitando os estados, conversando com os candidatos, e o engajamento do partido está cada vez maior."

SE DARIA UM CARGO A TEMER

"Não sento na cadeira e começo a fazer compromissos antes da hora, como muitos outros candidatos estão fazendo para conseguir apoio, loteando o governo. Só depois que fui escolhido e assumi o Banco Central e o Ministério da Fazenda, aí sim, eu fui convidar diretores e montar um time respeitado. Não comecei a conversar antes nem fiz acordo com ninguém."

MDB

"É um grande partido brasileiro, lutou pela democracia e está presente no Brasil inteiro. Tem uma vantagem que muitos apontam como um problema: em cada estado, é independente. E eu acho isso uma vantagem porque é um partido nacional, não é de um dono que decide. É um grupo que decide."

POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS

"A companhia tem que ser bem administrada, honestamente e preservada, mas o preço da gasolina e do diesel na bomba não deve ficar flutuando na mesma proporção que flutua o petróleo. Há experiência em países como o Chile, com fundo soberano para amortecer as variações do preço do cobre no mercado internacional, ou dos países produtores de petróleo no Oriente Médio. Vamos fazer no Brasil um fundo de estabilização do preço do combustível na bomba. Quando sobe muito o preço do petróleo, aumenta a produção de gás de xisto na América do Norte, os países da Opep no Oriente Médio aumentam a produção, e o preço cai. Neste momento, nós podemos ter um aumento dos tributos sobre o petróleo compondo um fundo de estabilização. Quando o preço do petróleo sobe, usa-se esse fundo para recompor a parte fiscal, porque aí caem os tributos, de maneira que se estabiliza o preço na bomba. É possível e há estudos técnicos."

AUSÊNCIA DE UM CANDIDATO FORTE DE CENTRO

"Geraldo Alckmin já foi candidato a presidente, governador de São Paulo e está estagnado nas pesquisas. Já mostrou que não é competitivo e que as chances de ir ao segundo turno são baixíssimas ou nenhuma, enquanto a minha candidatura está crescendo. Quando o eleitor conhece a minha história, que eu fui o primeiro brasileiro a chegar à presidência de uma grande instituição financeira mundial e depois fui para o governo com total independência, quando eu mostro que aquela melhora de vida se deu como resultado do meu trabalho no Banco Central, a intenção de votos sobe de forma impressionante. O verdadeiro candidato do centro para ganhar a eleição, neste caso, sou eu."

ADVERSÁRIOS

"O candidato Jair Bolsonaro está no hospital, eu sou solidário ao ser humano e desejo que tudo dê certo. Agora, temos que pensar. Imagina se aquele desequilibrado que deu uma facada tivesse um revólver na mão, o que teria acontecido? Proposta de liberar arma é um perigo. Tem que chamar atenção da população para isso e para o candidato que propõe voltar atrás [em medidas econômicas adotadas pelo governo Temer], seja o PT ou Ciro ou a Marina, e adotar todas aquelas medidas da época da Dilma que jogaram o Brasil no buraco que é a recessão."

DÓLAR

"O dólar estava perto de R$ 4,00 quando anunciaram que eu assumiria o Banco Central, em 2002. Aí começou a cair. No dia em que eu assumi, chegou em R$ 3,40. Continuou a cair e chegou a um mínimo de R$ 1,56. Só isso. Não preciso dizer mais nada."

ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS

"A escola pública é laica, portanto, não deve ter ensino religioso. Mas não deve ter proselitismo político. Uma das coisas complicadas da educação brasileira pública hoje, e em geral, é esse problema de propaganda política de professor ideológico. A escola religiosa tem o direito de ensinar religião. Pode ensinar todos os valores em que ela acredita. Sou favorável à liberdade religiosa. As igrejas e as escolas privadas têm direito."

GÊNERO

"É uma discussão que não pode ser feita através de proselitismo nas escolas. Deve haver um esclarecimento neutro. Sou a favor da liberdade de gênero, as pessoas são livres e vivemos numa democracia. Cada um assume a responsabilidade pelas suas opções. A responsabilidade da escola e o direito do estudante é aprender."

Com informações da Folhapress.

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