'Não devemos impor nomes', diz Serra sobre união do centro
Tucano avaliou, no entanto, que "entendimento apontaria para o Alckmin"
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Política Após carta de FHC
O senador José Serra (PSDB) disse à Folha de S.Paulo que subscreve a carta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) "sobre o perigo da polarização entre extremos nesta eleição presidencial".
"É fundamental que as candidaturas que não apostam na radicalização se entendam e convirjam para o apoio a quem, entre elas, tiver melhores condições de ganhar e governar", afirmou.
"Creio que esse entendimento apontaria para o Alckmin, mas devemos começar a negociação sem impor nomes, para que se chegue à escolha comum de uma liderança que seja serena, honesta, experiente, tenha um mínimo de viabilidade eleitoral e de capacidade comprovada para governar."
Para Serra, "as condições da economia brasileira são adversas, mas não estou entre aqueles que minimizam as possibilidades de recuperação".
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"Digo não ao catastrofismo. Boa parte da crise econômica se deve à expectativas adversas sobre o futuro, mais do que a barreiras intransponíveis. A melhora de expectativas, dada por um novo governo que seja minimamente capaz, terá um papel decisivo para a retomada de investimentos e a criação de um círculo virtuoso de recuperação da economia e do desenvolvimento", sustentou.
"Isso é perfeitamente possível. Mas para tanto precisaremos derrotar o radicalismo dos que apostam em soluções extremas, de um lado ou de outro do espectro político-ideológico. Concordando com o Fernando Henrique, é hora de juntar forças e escolher bem, antes de que os acontecimentos nos levem à pior das situações possíveis." Com informações da Folhapress.