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O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) classificou a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de indeferir sua candidatura ao Palácio Guanabara, como "uma violência". Ele afirmou que irá recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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Garotinho eximiu os ministros do TSE de responsabilidade sobre a decisão que retirou sua candidatura. Afirmou que os magistrados julgaram com base nas informações enviadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro, que ele considera "contaminado".
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"Tenho certeza de que com o processo em mãos, o STF não permitirá essa violência. O que ocorre contra mim é uma violência. TSE tomou a decisão movido por decisões erradas do TRE-RJ, dominado por alguém que eu denunciei na notícia-crime da Lava Jato: sr. Luiz Zveiter [ex-presidente do Tribunal de Justiça]", afirmou ele.
Ao mesmo tempo, ele criticou o que considerou celeridade na decisão sobre seu caso. Vinculou a julgamento ao seu crescimento na última pesquisa Ibope, em que subiu quatro pontos percentuais e empatou com o senador Romário (Podemos) em segundo lugar, ambos com 16%.
"Não querem que eu seja candidato? Fizeram esse julgamento para me tirar do debate de amanhã? Querem parar a investigação da Lava Jato no RJ porque denunciei pessoas poderosas? Entrou em pauta porque subi nas pesquisas? É melhor assumir", disse ele.
Garotinho teve o registro de candidatura indeferido com base na Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado por improbidade administrativa em maio deste ano, sob acusação de fraudes na saúde durante o mandato de sua mulher, Rosinha Garotinho (2003-2006), que geraram mais de R$ 234 milhões de danos ao erário.
O ex-governador afirmava que o caso não poderia ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa porque a decisão não apontou enriquecimento ilícito de sua parte. O procurador Sidney Madruga, contudo, entendeu que o acórdão do tribunal aponta enriquecimento ilícito de outro envolvido no caso.
Na ocasião, Garotinho era pré-candidato a Presidência da República e chegou a fazer uma greve de fome em protesto contra as investigações do Ministério Público, que identificaram doações eleitorais de empresas de fachada que seriam abastecidas por supostos desvios na Saúde do estado. Com informações da Folhapress.