Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

PT discutirá relação com os Gomes após 2º turno, diz Guimarães

"Não é momento para discutir ajuste de contas de uma relação que vem desde 2006", disse o coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) no Ceará

PT discutirá relação com os Gomes após 2º turno, diz Guimarães
Notícias ao Minuto Brasil

15:55 - 16/10/18 por Folhapress

Política Panos quentes

Apesar de considerar "um erro grave" as críticas desferidas pelo senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) ao PT na noite de segunda-feira (15), o coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) no Ceará, deputado José Guimarães (PT-CE), quer deixar para discutir a relação somente após o segundo turno.

"Não é momento para discutir ajuste de contas de uma relação que vem desde 2006. Foi um momento inadequado, inoportuno", disse Guimarães à reportagem nesta terça-feira (16).

Guimarães destacou que Cid foi eleito senador na chapa do bem avaliado Camilo Santana (PT), reeleito em primeiro turno governador do Ceará. "Considero um erro grave do senador, que aliás, foi o senador do PT", declarou.

O PT ainda aposta que o PDT, de Cid e Ciro Gomes, presidenciável derrotado ainda no primeiro turno, possa ingressar na campanha de Haddad, a menos de duas semanas do segundo turno.

+ Aliados de Bolsonaro já disputam espaço e indicações de ministros

Ciro, no entanto, não pretende reafirmar apoio à candidatura petista. Em conversas reservadas, ele tem dito que já fez o aceno que deveria ter feito e que continuará se posicionando nas redes sociais apenas contra Bolsonaro, mas sem mencionar o petista.

"O apelo que fazemos é unir todos em nome do Brasil. O que está em jogo não é o PT, é a democracia. Depois do segundo turno, a gente senta e discute. Se tiver que romper a relação [com os Gomes], tem que ser de forma respeitosa, com respeito mútuo", afirmou o coordenador da campanha no Ceará.

Nesta segunda, em Brasília, PT, PCdoB, PSB, PSOL, PROS e PCB assinaram um manifesto estabelecendo uma "frente ampla pela democracia". O PDT, que declarou apoio crítico a Haddad contra a candidatura de Bolsonaro, não participou.

A ideia do grupo, agora, é conseguir apoio de nomes de outras legendas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além de artistas, intelectuais e líderes religiosos.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), chegou a dizer, antes dos ataques de Cid, que Haddad procuraria Ciro Gomes até o final da semana, quando o adversário de primeiro turno retornasse de uma viagem à Europa.

Algumas horas após entrevista da petista em Brasília, Cid, no Ceará, cobrou da direção da legenda que fizesse um "mea culpa" dos erros cometidos.

"Tem de fazer um mea culpa, pedir desculpa, ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira", disse o senador eleito. "Não admitir os erros que cometeram é para perder a eleição. E é bem feito", ressaltou.

Sob vaias de militantes petistas, Cid chamou de "babacas" aqueles que protestavam contra seu discurso e disse que o partido "merece perder" caso não faça uma autocrítica. Com informações da Folhapress.

Campo obrigatório