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Bolsonaro quer visitar Itália em maio e compara Battisti a Lamarca

Antes da viagem à Itália, Bolsonaro se encontrará com o premiê italiano no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na semana que vem

Bolsonaro quer visitar Itália em maio e compara Battisti a Lamarca
Notícias ao Minuto Brasil

21:26 - 17/01/19 por Folhapress

Política Entrevista

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que planeja visitar a Itália em 8 de maio, dia em que se comemora o fim da Segunda Guerra Mundial.

"Temos uma data importante, 8 de maio, Dia da Vitória. Eu falei com o [premiê Guiseppe] Comte ou o [ministro do interior, Matteo] Salvini, não lembro agora, um dos dois. Vendo nossa agenda, gostaria muito de participar dessa comemoração", disse o presidente, em entrevista à TV italiana RAI.

Em 8 de maio de 1945, a Alemanha nazista assinou sua rendição aos Aliados, colocando fim à Segunda Guerra na Europa. O conflito seguiria na região do Pacífico até agosto, quando o Japão se rendeu. 

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Comandada por Benito Mussolini, a Itália lutou a Segunda Guerra ao lado da Alemanha, mas o país se rendeu aos Aliados em 1943, após a deposição de Mussolini. 

Bolsonaro disse que será a primeira vez que visitará a terra de seus avós, nascidos na cidade de Lucca. A aproximação entre os governos dos dois países ocorre após a deportação do terrorista Cesare Battisti, defendida pelo presidente brasileiro.

Antes da viagem à Itália, Bolsonaro  se encontrará com o premiê italiano no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na semana que vem. "Com toda certeza, nos encontraremos em Davos, e direi a Conte que ele não deve me agradecer. Nós que somos muito gratos a ele, porque nos livrou de um elemento que incomodava a maioria dos brasileiros", disse. 

Na entrevista, o presidente comparou Battisti ao guerrilheiro brasileiro Carlos Lamarca (1937-1971). "Nós vivemos uma guerra no Brasil, de 1964 a 1985. Em 1970, eu tinha 15 anos. No interior de São Paulo, o Exército brasileiro estava perseguindo um guerrilheiro, um desertor, Carlos Lamarca, que fazia parte da Vanguarda Popular Revolucionária, um grupo terrorista responsável por várias ações no Brasil, incluindo uma bomba que matou um soldado do Exército em São Paulo", disse Bolsonaro.

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"Quando jovem, conheci os horrores do terrorismo porque quando Lamarca passou na minha cidade, feriu seis soldados da força pública. Dois desses soldados tinham filhos, que eram meus colegas de escola", prosseguiu. "Fazia parte desta organização terrorista também a senhora Dilma Rousseff. Obviamente, o governo de Lula não poderia acolher um deles de outra forma, porque daquele governo fazia parte Dilma".

Battisti foi condenado na Itália a prisão perpétua por participar de quatro assassinatos nos anos 1970, mas fugiu do país. Ele foi encontrado no Brasil em 2007 e pediu asilo político. Em 2010, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva concedeu permissão para que ele ficasse no Brasil. No fim de 2018, o presidente Michel Temer revogou essa autorização e uma ordem de prisão foi emitida contra Battisti, que fugiu para a Bolívia. O terrorista foi preso na madrugada de domingo (13) em Santa Cruz de la Sierra e enviado para a Itália. Com informações da Folhapress.

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