Duas procuradores concursadas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro constataram que a Procuradoria da Casa, departamento que cuida das questões do Parlamento com a Justiça, é suspeita de ter 42 funcionários fantasmas.

De acordo com o jornal “O Globo”, elas, que são Okada Ahmed e Fátima Maria Amaral, se recusaram a assinar a lista de presença dos servidores comissionados que supostamente estariam lotados no órgão e afirmaram que receberam “uma enorme quantidade de cartões de ponto de servidores que não se encontram desempenhando funções neste local”.

O jornal carioca obteve ainda um documento com as folhas de ponto de 42 pessoas que recebem salário, mas não foram vistas no mês de novembro na Procuradoria da Alerj.

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O caso está com o diretor-geral da Casa, José Geraldo Machado, e remetido ao presidente em exercício do Parlamento, André Ceciliano (PT), que está na função desde a prisão de Jorge Picciani (MDB), ocorrida em novembro de 2017.

Ceciliano abriu um processo administrativo e prometeu apresentar um resultado ainda em janeiro.

“Assim que identificarmos a real situação desses servidores, vamos tomar as providências necessárias. O que, por vezes ocorre, é que um servidor lotado em algum departamento da Alerj, na realidade, atua em outro setor. Não estou dizendo que é isso o que há nesse caso específico dos 42 servidores da Procuradoria, mas é uma possibilidade”, disse ele ao “O Globo”.

De acordo com informações oficiais, a Alerj tem hoje ,5 mil servidores, sendo 4.226, ou 76%, comissionados, nomeados livremente, e 1.274 concursados.