Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Paulo Preto é condenado a 145 anos de prisão por peculato no Rodoanel

Ex-diretor da Dersa foi condenado pelos crimes de peculato - desvio de dinheiro público - inserção de dados falsos em sistema da administração pública, e associação criminosa

Paulo Preto é condenado a 145 anos de prisão por peculato no Rodoanel
Notícias ao Minuto Brasil

21:11 - 06/03/19 por Agência Brasil

Política Dersa

A Justiça Federal em São Paulo condenou hoje (6) o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, a cento e quarenta e cinco anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de peculato - desvio de dinheiro público - inserção de dados falsos em sistema da administração pública, e associação criminosa.

A decisão, da juíza Maria Isabel do Prado, titular da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, considera que Souza comandou um esquema de desvio de mais de R$ 7 milhões que deveriam ter sido usados na indenização de moradores prejudicados pelas obras do entorno do trecho sul do Rodoanel de São Paulo e a ampliação das avenidas Jacu Pêssego e Marginal do Tietê. Paulo Preto deverá pagar ainda 4.320 dias-multa de cinco salários-mínimos (cerca de R$ 13,4 milhões).

A Justiça Federal também decretou a perda dos bens de Vieira e indenização de R$ 7.725.012,18 aos cofres públicos, solidariamente junto a outros condenados. 

+ Publicação de vídeo pode render impeachment a Bolsonaro; entenda

+ Após vídeo, Planalto vê desmobilização de apoiadores de Bolsonaro

Esta é a segunda sentença da Justiça Federal em ações penais da Lava Jato em São Paulo. Na última quinta-feira (28), o ex-diretor da Dersa foi condenado a pena de 27 anos e oito dias de prisão por ter ter fraudado licitações e participado de formação de cartel em obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo entre 2004 e 2015.

Paulo Preto está preso desde fevereiro, quando foi deflagrada a 60ª fase da Operação Lava Jato. De acordo com o MPF, a operação investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada com a Odebrecht. Paulo Preto é apontado como operador de esquemas envolvendo o PSDB em São Paulo. Pelos cálculos da procuradoria, as transações investigadas superam R$ 130 milhões.

A defesa de Paulo Vieira disse que não irá se manifestar sobre a decisão de hoje. Com informações da Agência Brasil. 

Campo obrigatório