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Moro teria 'protegido' FHC em investigação

Em novas mensagens divulgadas pelo 'The Intercept', Moro afirma que uma apuração contra FHC poderia "melindrar" alguém cujo ele achava ser importante

Moro teria 'protegido' FHC em investigação
Notícias ao Minuto Brasil

08:00 - 19/06/19 por Estadao Conteudo

Política The Intercept

O ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, questionou, em 2017, em suposto diálogo com o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, uma investigação envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Nas mensagens divulgadas ontem pelo site The Intercept Brasil, Moro afirma que a apuração poderia "melindrar" alguém cujo ele achava ser importante.

O site também publicou supostos diálogos entre os procuradores nos quais eles concluem que a investigação sobre doações de Grupo Odebrecht para o Instituto Fernando Henrique Cardoso se resumiria a um crime tributário, o que enfraqueceria a acusação contra o Instituto Lula e a Lils, a empresa de palestras e eventos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos investigados pela força-tarefa.

A troca de mensagens relatada pelo site teria ocorrido em 13 de abril de 2017, um dia depois de a imprensa divulgar a informação de que a força-tarefa havia enviado à Procuradoria da República em São Paulo dados sobre supostas doações eleitorais via caixa 2 para campanhas eleitorais de FHC em 1994 e 1998. Na época, o suposto crime de caixa 2 estaria prescrito.

Moro teria questionado Dallagnol sobre a iniciativa e alegado que o que vira na TV era muito fraco. O procurador teria concordado com a fragilidade da prova e justificado o ato ao então juiz afirmando que era para passar um recado de "imparcialidade". Foi então, que segundo o site, Moro teria demonstrado contrariedade, pois assim eles estariam melindrando alguém cujo apoio seria importante.

Ainda de acordo com o site, FHC seria citado em nove oportunidades pelos procuradores. Para o Intercept, os procuradores teriam feito "jogo de cena", fingindo investigar o tucano em um caso que sabiam estar prescrito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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