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Como o Patricia evoluiu para furacão 'nuclear' em questão de horas?

Os especialistas revelam que a rápida transformação do furacão foi surpreendente

Como o Patricia evoluiu para furacão 'nuclear' em questão de horas?
Notícias ao Minuto Brasil

09:49 - 24/10/15 por Notícias Ao Minuto

Tech Furacão

O furacão Patrícia, que chegou ao México nesta sexta-feira (23), passou em apenas algumas horas de tempestade tropical a furacão nível 5 na escala Saffir Simpson (a categoria máxima), em uma transformação considerada por muitos especialistas como "histórica", com intensidade comparada a uma "bomba atômica", segundo a BBC. "Isso é muito, muito, muito forte", disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Os especialistas revelam ainda que a rápida transformação do furacão foi surpreendente. Em apenas duas horas, o Patrícia, que era considerado uma tempestade tropical, passou para categoria 1 na escala Saffir-Simpson. Em mais algumas horas, o Serviço Meteorológico Nacional do México informou que a tempestade havia subido para categoria 4. Nas duas horas seguintes, o furacão chegou à categoria 5.

"O ritmo de intensificação da tempestade em um dia é nada menos que histórico. No processo, Patricia passou de um conglomerado de tempestades elétricas pouco organizadas a um dos sistemas mais fortes e perversos do planeta", disse o NHC. "É uma proeza extraordinária. Na era dos satélites, só o (furacão) Linda, em 1997, se intensificou neste ritmo", disse o Centro Nacional de Furacões nos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).

Mas como isso aconteceu?

Apesar de os especialistas pedirem cautela ao associar esta tempestade ao El Niño, a associação parece inevitável.

Em setembro do ano passado, a OMM alertou sobre a intensificação do El Niño a partir de outubro deste ano. A organização estimou que as temperaturas no Oceano Pacífico aumentariam 2º C além do normal, o que teria favorecido as condições para provocar um aumento nos sistemas de tempestades do Pacífico.

Outro fator que parece ter tido grande influência é o aquecimento global. Com as temperaturas oceânicas do hemisfério norte atingindo as temperaturas mais altas de que se têm registro, de 1,4ºC acima da média, os furacões deste tipo podem ser um efeito colateral.

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