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A China revelou imagens de uma sonda que pretende enviar para Marte, até o final da década, numa missão que enfrenta desafios "sem precedentes", informou a imprensa estatal nesta quarta-feira (24).
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O país asiático, que está investindo num ambicioso programa espacial, visando recuperar o atraso para os Estados Unidos da América e Europa, quer enviar uma sonda, "por volta de 2020", para fazer a trajetória em torno da órbita de Marte e aterrisar no planeta.
Zhang Rongqiao, o responsável pelo projeto, afirmou na terça (23) que o lançamento da nave deverá ocorrer em julho ou agosto desse ano, revelou a agência oficial Xinhua.
"Os desafios que nós enfrentamos não têm precedentes", assinalou.
O foguete propulsor Longa Marcha-5 será lançado do centro de lançamento de satélites de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país, afirmou a Xinhua, que cita um consultor da missão.
A sonda vai se separar do foguete no final de uma viagem de cerca de sete meses, próximo da linha do Equador de Marte, onde esta irá explorar a superfície, acrescentou.
Com 200 quilos, a sonda tem seis rodas e quatro painéis solares e vai operar ao longo de 92 dias.
Vai transportar equipamento como uma câmera de monitoramento remoto e um radar para penetrar e estudar o solo, o ambiente e a estrutura interna do planeta vermelho, visando procurar vestígios de água e gelo, segundo a Xinhua.
A China tem investido bilhões de dólares em um programa espacial, que Pequim vê como símbolo do progresso do país e um marco na sua ascensão global.
A primeira sonda lunar chinesa foi enviada em 2013, e apesar de ter sofrido problemas mecânicos, ultrapassou em muito a durabilidade prevista, tendo sido encerrada no início deste mês.
Grande parte do programa chinês é, contudo, uma réplica das atividades desenvolvidas pelos americanos e a antiga União Soviética, há várias décadas.
Os Estados Unidos enviaram duas sondas para Marte, enquanto a Agência Espacial Europeia e a União Soviética também efetuaram missões semelhantes.