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Cientistas russos querem aumentar vida útil de satélites em órbita

Especialistas pretendem terminar pesquisa com este objetivo no próximo ano

Cientistas russos querem aumentar vida útil de satélites em órbita
Notícias ao Minuto Brasil

10:10 - 15/03/17 por Notícias Ao Minuto

Tech Espaço

Cientistas e engenheiros russos começaram a criação de uma base de elementos microfotônica, o que permitirá aumentar "em várias vezes" a vida útil de aparelhos espaciais.

Os primeiros trabalhos de pesquisa está programado para terminar em 2018, disse aos jornalistas na quarta-feira (15) o serviço de imprensa do consórcio Sistemas Espaciais da Rússia (RKS, sigla em russo).

"Os especialistas do RKS começaram a criar a carga dedicada e os sistemas de serviço dos aparelhos espaciais com base na tecnologia revolucionária de microfotônica. Ela vai mudar a economia do espaço — com a redução do custo, as possibilidades, confiabilidade e tempo do serviço dos ‘satélites microfotônicos' vão aumentar em várias vezes", diz o comunicado.

De acordo com o vice-diretor-geral do RKS para a Ciência Aleksei Romanov, o roteiro para desenvolvimento da microfotônica já foi criado. "Nós pretendemos obter os primeiros resultados já em 2018-2020", são as palavras de Romanov citadas no comunicado.

Espera-se que por nessa altura também esteja completado o desenvolvimento do equipamento de sensores e transformação de sinais com base em sensores fotônicos, na base de componentes fotônica para a indústria espacial e em metamateriais de nanoengenharia.

Foi referido que as tecnologias fotônicas têm baixa perda de energia durante a transmissão de sinais e poderão vir a substituir a microelectrônica. A realização de tais projetos "vai mudar o atual entendimento de veículos espaciais e suas capacidades", espera o RKS.

Assim, a velocidade de recebimento, processamento e transmissão de sinais de rádio e micro-ondas com a aplicação dos novos desenvolvimentos pode aumentar de 20 a 200 vezes em relação ao nível atual. Além disso, será possível reduzir significativamente as dimensões totais e o peso do sistema espacial. A aplicação da tecnologia fotônica irá reduzir o peso total das linhas de sinal da sonda em pelo menos 20 vezes. Esta nova geração de dispositivos vai consumir menos energia e estará mais protegida contra os efeitos da interferência eletromagnética e radiação cósmica. Como resultado, a vida média em serviço do satélite na órbita da Terra vai aumentar em 1,5-2 vezes.

No futuro, o desenvolvimento de tecnologias fotônicas permitirá realizar tais projetos como a criação de linhas de comunicação laser "satélite-satélite" e "satélite-Terra", acelerômetros ópticos e pequenas antenas a partir de metamateriais. (Sputnik News Brasil)

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