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Astrônomos dão uma espiada na 'espada' de fogo da nebulosa de Órion

Dezenas de núcleos anteriormente desconhecidos de estrelas foram descobertos

Astrônomos dão uma espiada na 'espada' 
de fogo da nebulosa de Órion
Notícias ao Minuto Brasil

19:30 - 15/06/17 por Notícias Ao Minuto

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Os astrônomos têm novas fotos do centro da nebulosa de Órion, o maior berçário estelar da nossa Galáxia, e encontraram nele uma gigantesca nuvem de amoníaco com um comprimento de 50 anos-luz semelhante em forma a uma espada curva.

"Ainda estamos longe de entender completamente como as nuvens de gás 'se fecham' e se formam as novas estrelas da nossa Galáxia. O amoníaco na nebulosa e em outros berçários estelares nos ajuda a monitorar o movimento dessas nuvens densas de 'materiais de construção' estelares e a medir sua temperatura. Isso é extremamente importante para determinar se os fios delas são estáveis ou se eles se comprimem se transformando em estrelas", conta Rachel Friesen da Universidade de Toronto (no Canadá).

A nebulosa de Órion se situa a cerca de 1.500 anos-luz da Terra e tem o tamanho de várias centenas de anos-luz. Ali se formam dezenas e centenas de estrelas jovens, alguns delas têm formas e propriedades bastante incomuns para atrair a atenção dos cientistas.

Friesen e seus colegas do projeto GAS, em que os cientistas monitoram o movimento das moléculas de amoníaco e outros gases dentro da nebulosa de Órion, estudam uma das regiões mais ativas deste "berçário estelar" – o Cinturão de Gould. Este cinturão é uma cadeia de várias estrelas jovens e acumulações de gases em que, de acordo com os astrônomos, mesmo hoje se estão formando embriões de estrelas.

Usando o radiotelescópio GBT e o telescópio infravermelho WISE, os cientistas foram capazes de obter mapas tridimensionais da distribuição de amoníaco e outros gases neutrais nesta zona para entender com que velocidade o objeto se está movendo e mediram sua temperatura. Graças a estas medidas, a equipe de Friesen foi capaz de descobrir dezenas de núcleos anteriormente desconhecidos de estrelas e aglomerações de gases que se tornarão em novos astros gigantes no futuro próximo.

Até o momento, os cientistas foram capazes de tirar fotos de apenas uma pequena parte do Cinturão de Gould e das outras regiões da nebulosa de Órion. Num futuro próximo, eles pretendem continuar a monitorar e tirar imagens que vão cobrir uma área de grandes dimensões deste berçário estelar com o tamanho de 1200x1200 anos-luz. Com informações da Sputnik News Brasil.

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