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O Instagram não serve apenas para compartilhar fotografias na praia ou a refeição saudável da semana. É também uma ferramenta relevante para entender tendências e compreender a mentalidade dos seres humanos. Pelo menos é esta a convicção da Universidade de Cornell, nos EUA, que pretende usar a rede social como ferramenta de investigação.
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Foi esta a conclusão depois de um estudo que aconteceu entre 2013 e 2016 em 44 cidades diferentes. Como parte deste estudo foram descarregadas cerca de cem milhões de imagens e, recorrendo a inteligência artificial, foram excluídas todas as fotografias sem seres humanos graças a sistemas de reconhecimento facial.
Uma vez reduzido o número de fotografias, foram empregues algoritmos de reconhecimento de objetos que distinguiram tipos de roupa diferentes e todos os detalhes descritivos como cor, tamanho e padrões mais populares. Desta forma, o grupo de investigadores da Universidade de Cornell foi capaz de apurar diferentes tendências entre os usuários do Insagram.
“Imaginem um futuro antropologista com acesso triliões de fotografias de pessoas – tiradas ao longo de séculos em todo o mundo – e equipados com ferramentas eficazes para analisar estas fotografias para ter informação. Que tipos de questões poderão ser respondidas? Este problema de descoberta de dados com base visual ainda é nova mas está a começar a ganhar atenção na visão e gráficos de computadores”, escreveu a equipe responsável pela investigação.