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Asteroide potencialmente perigoso pode passar pela Terra neste domingo

Corpo celeste de mais de um quilômetro de largura foi descoberto em 2002

Asteroide potencialmente perigoso pode passar pela Terra neste domingo
Notícias ao Minuto Brasil

06:08 - 04/02/18 por Notícias Ao Minuto

Tech Alerta

A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, divulgou estudos mostrando que o asteróide 2002 AJ192 pode passar pela Terra neste domingo, 4 de fevereiro. O corpo celeste é tratado pela Nasa como “potencialmente perigoso.”

Descoberto em 2002 e rastreado desde então, o asteroide tem mais de um quilômetro de largura e altura superior à do maior prédio do mundo, o arranha-céu Burj Khalifa, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que tem 160 andares e 828 metros de altura.

O alerta da Nasa para a possível passagem do asteroide pela Terra, é de pouca utilidade, segundo o físico Carlos Henrique Veiga, astrônomo do Observatório Nacional, situado no Rio de Janeiro. De acordo com o especialista, não existe a menor possibilidade de colisão com o planeta:

“No caso específico desse asteroide, não há risco algum de ele impactar a Terra. Pelas observações e pelos estudos que fizemos, ele vai passar a uma distância muito grande da Terra, cerca de 42 milhões de quilômetros. Ele é um asteróide grande, tem uma ordem de grandeza superior a um quilômetro, e se ele entrasse em rota de colisão com a Terra, as consequências poderiam ser muito graves. Mas não há riscos: o corpo celeste passará muito longe do planeta.”

Carlos Henrique Veiga critica a forma como as informações foram divulgadas pela Nasa:

“Há algumas imprecisões nestas notícias. Por exemplo, elas não revelam qual órbita o asteróide estaria seguindo e de que modo ele vem sendo rastreado. Ora, um astrônomo daqui do Observatório Nacional jamais sairia por aí produzindo declarações de impacto na mídia porque o risco de se criar pânico é muito grande. Então, se fosse realmente verdade a hipótese de que o asteroide poderia se chocar com a Terra, a forma de divulgar a notícia seria muito mais prudente e cautelosa. Acima de tudo, são necessárias muita observação e muita cautela em relação às notícias que envolvem corpos celestes.”

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Carlos Henrique Veiga também analisou os efeitos de uma possível colisão do asteroide com a Terra. Para o astrônomo, o impacto não destruiria totalmente o planeta:

“Dependendo de onde ocorra a colisão – e o mais provável é que ocorra na água – o efeito imediato seria a geração de uma frente monumental de ondas. Ou seja, a colisão provocaria uma enorme tsunami causadora de mortes e destruição. O choque não seria suficiente para destruir toda Terra mas, certamente, causaria grandes inundações.”

O astrônomo explicou ainda as diferenças conceituais, do ponto de vista astronômico, entre os corpos celestes:

“Em vários países, inclusive o Brasil, existem programas de monitoramento destes corpos. Desta forma, nós, físicos e astrônomos, conseguimos acompanhar os deslocamentos e as trajetórias de objetos como asteróides, cometas e meteoros. O meteoro, em geral, é resíduo de alguma coisa. Ele pode ser um fragmento de um asteroide, a poeira de um asteróide ou ainda a poeira de um cometa. Os meteoros são exatamente isso: fragmentos ou a poeira cósmica de asteroides e cometas. Na verdade, são três denominações para o que é tratado genericamente como meteoros: enquanto estão no universo ou no cosmos, eles são chamados de meteoróides; quando entram na atmosfera da Terra, tornam-se meteoros, e quando caem no planeta, ganham a classificação de meteoritos". Com informações do Sputnik.

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