Ambientalistas querem celulares reparados e reciclados
Para produção dos equipamentos, são necessários 70 kg de recursos naturais
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Organizações ambientalistas europeias lançam nesta segunda-feira (5), uma campanha defendendo a necessidade de celulares inteligentes poderem ser consertados, atualizados e reciclados para evitar o consumo de recursos na produção e os resíduos, quando deixam de ser usados.
"Existem mais celulares na Europa do que habitantes e, desde 2007, foram produzidos mais de sete bilhões destes equipamentos". No entanto, 78% dos usuários tiveram que substituir os aparelhos por razões que seriam evitáveis, se a forma de produção fosse diferente, afirma um comunicado divulgado pela Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável ).
A instituição é uma das organizações não governamentais (ONG) que apoia a iniciativa promovida pelas europeias ECOS -- 'European Environmental Citizens Organization for Standardization' e European Environmental Bureau (EEB).
O principal objetivo é sensibilizar a Comissão Europeia para a necessidade de integrar os celulares nas ferramentas de ecodesign e etiqueta energética, já aplicadas a outros equipamentos em território europeu, e que "têm ajudado os cidadãos e as empresas a poupar energia e dinheiro", explicam os ambientalistas.
Para produzir um smartphone são necessários 70 quilogramas de recursos naturais como minerais, metais raros, materiais tóxicos e plásticos cuja exploração afeta o ambiente, a água, além do processo resultar também nas emissões de dióxido de carbono.
"É urgente que um equipamento tão relevante para o dia a dia das pessoas cumpra com requisitos de ecodesign que permitam prolongar a sua vida útil e [possibilitem] uma escolha mais informada por parte dos consumidores", resumem as organizações.