Martin Luther King, ativista de direitos humanos e civis americanos, foi assassinado no dia 4 de abril de 1968. O dia entrou para a história depois que o racista James Earl Ray atirou em King, que estava na sacada de um hotel em Memphis, Tennessee.

A Google quis lembrar da data de uma forma menos trágica, e escolheu homenagear uma mulher ativista negra por meio de um doodle: uma ilustração que retrata Maya Angelou aparece acima da caixa de busca da ferramenta.A americana, que morreu em 2014, completaria 90 anos nesta quarta (4), noticia UOL.

Mas afinal, quem foi esta mulher? Marguerite Annie Johnson nasceu em St. Louis, Missouri, EUA. Após ser estuprada pelo namorado da mãe aos sete anos de idade, ela ficou muda por cinco anos e passava os dias lendo.

Engravidou aos 17 anos, e, para sustentar o filho, se tornou a primeira mulher e negra a ser motorista de bonde da cidade de São Francisco, Califórnia. Maya, no entanto, nunca deixou de gostar de ler e escrever e acabou por se tornar a primeira mulher negra roteirista e diretora em Hollywood. Ela ainda trabalhou como atriz, cantora e dançarina em peças teatrais que percorriam os EUA nos anos 50, quando surgiu o pseudônimo Maya.

Angelou escreveu textos jornalísticos durante período em que viveu na África. Foi então que se envolveu em movimentos de independência africanos e acabou se tornando uma das ativistas de direitos civis de maior destaque de sua geração.

Ao retornar ao território norte-americano, criou laço estreito de amizade com Martin Luther King e Malcon X. Atuou na luta pelos direitos civis americanos na década de 60 e ajudou a fundar a Organization of AfricanAmericanUnity. Presenciou aos assassinatos dos dois amigos ativistas.

Maya Angelou recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade pelas mãos do o então presidente Barack Obama, em 2011. A poeta e autora foi "uma das luzes mais brilhantes dos nossos tempos", disse Obama na ocasião.

Angelou morreu em maio de 2014 e seu legado ficou eternizado pelas seguintes palavras: "Aprendi que as pessoas vão esquecer o que você disse, que as pessoas irão esquecer o que você fez, mas que elas nunca esquecerão como você as fez sentir" (And Still I Rise, 1978).