Ex-funcionária acusa Facebook de não proteger moderadores de 'traumas'
Advogado de Selena Scola acusa a rede social de ser "uma porta giratória" para trabalhadores, que em alguns casos ficam "irreparavelmente traumatizados"
© REUTERS/Dado Ruvic
Tech Processo
Plataformas como o Facebook contam com moderadores de conteúdos que estão sempre atentos ao que vai sendo publicado. É desse modo que se evita que imagens particularmente chocantes, e até criminosas, sejam vistas pelos usuários comuns.
Muitas vezes, estes serviços são subcontratados por outras empresas. E não é de hoje que existem relatos sobre as imagens traumáticas que alguns funcionários tiveram que ver.
A rede social criada por Mark Zuckerberg já foi alvo de críticas sobre esta matéria no passado, o que levou o Facebook a esclarecer que os moderadores de conteúdos da plataforma têm acesso a apoio psicológico.
No entanto, Selena Scola, uma antiga moderadora de conteúdos para o Facebook, entrou com um processo contra a empresa, acusando de "ignorar o seu dever de garantir um ambiente de trabalho seguro" para os seus funcionários.
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Segundo a Reuters, que teve acesso ao processo, o advogado de Selena Scola acusa a rede social de ser "uma porta giratória" para trabalhadores, que em alguns casos ficam "irreparavelmente traumatizados pelo que testemunharam no trabalho".
O mesmo processo realça ainda que os moderadores de conteúdo são "bombardeados" com "milhares de vídeos, imagens e transmissões em livestream de abusos sexuais de criança, violações, tortura, decapitações, suicídios e homicídios".
Atualmente, entre funcionários a tempo integral e subcontratados, o Facebook conta com mais de 7.500 moderadores de conteúdos.
A rede social ainda não reagiu oficialmente ao processo que vai ser julgado em um tribunal da Califórnia.