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Agência reguladora processa Elon Musk por suspeita de fraude

Executivo está sendo acusado de fazer declarações públicas falsas com potencial de prejudicar investidores da companhia

Agência reguladora processa Elon Musk por suspeita de fraude
Notícias ao Minuto Brasil

21:23 - 27/09/18 por Folhapress

Tech Tesla

A SEC (Securities and Exchange Commission), agência federal que regulamenta os mercados de valores mobiliários dos Estados Unidos, entrou com uma ação nesta quinta-feira (27) contra Elon Musk, acusando o executivo-chefe da Tesla de fazer declarações públicas falsas com potencial de prejudicar investidores da companhia.

O processo, aberto em um tribunal federal em Nova York, busca impedir que Musk atue como executivo ou diretor de empresas de capital aberto, além de impor uma multa civil. As ações da empresa fecharam com queda de 0,67%, a US$ 307,5 (R$ 1.232,64).

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A medida está relacionada a uma publicação que Musk fez em uma rede social no dia 7 de agosto. Nela, afirmou ter "fundos garantidos" para fechar o capital da Tesla quando as ações da companhia chegassem a US$ 420,00 (R$ 1.683,61).

A agência disse que Musk "sabia ou foi negligente em não saber" que enganava investidores. O empresário tem mais de 22 milhões de seguidores no microblog.

Dias depois de causar rebuliço no mercado financeiro, Musk voltou atrás e afirmou que a montadora de carros elétricos continuaria com as ações cotadas em Bolsa.

A queixa também critica os tuítes subsequentes em que Musk disse que "o apoio dos investidores está confirmado" e que um "fundo para fins especiais" pode ser criado para os investidores que ficarem com a empresa.

"Na verdade e de fato, Musk não havia sequer discutido, muito menos confirmado, os principais termos do acordo, incluindo o preço, com qualquer fonte potencial de financiamento", disse a autoridade em seu processo.

Após a publicação, o executivo explicou que esteve em negociações com o fundo soberano da Arábia Saudita e sentiu-se confiante de que o financiamento viria a seu preço proposto por ação.

Ao The New York Times, afirmou que seu tuíte não havia sido revisado e que vivia o seu pior ano. Tesla e Musk ainda não se pronunciaram sobre o processo.

A ação faz de Musk um dos executivos de mais alto perfil a ser acusado pela SEC por fraude de valores mobiliários.

Uma lei nos Estados Unidos proíbe que empresas com ações na Bolsa anunciem planos para comprar ou vender títulos se seus executivos não têm a real intenção de fazê-lo.

Antes da polêmica do tuíte, Musk e a Tesla já eram questionados por investidores pela capacidade de cumprirem metas de produção prometidas no mercado.

As projeções do empresário em relação ao modelo de carros Model 3, anunciado em 2016, também são investigação pela SEC. Na época, o executivo disse que o produto representaria uma expansão robusta de mercado da companhia.

Ele definiu o carro como "o maior lançamento na história dos bens de consumo" e disse que a montadora de carros elétricos viria a produzir entre 100 mil e 200 mil unidades no segundo semestre de 2017. Nos 12 meses seguintes, as ações da Tesla quase dobraram de preço enquanto a produção para o período ficou em apenas 4.000 unidades.

Analistas atribuíram essa projeção inflada de Musk para contornar um erro anterior. Também em 2016, o empresário fundiu a Tesla com a SolarCity, outra empresa sua de capital aberto.

A fusão foi motivada diante de um possível pedido de concordata da SolarCity. A ação acabou com a preocupação dos investidores, mas sobrecarregou a Tesla com mais um negócio deficitário e elevou em US$ 3 bilhões (R$ 12,02 bilhões) as dívidas incluídas em seu balanço.

Já no dia 6 de setembro deste ano, Musk foi alvo de críticas depois de aparecer fumando um cigarro de maconha e tabaco em uma entrevista transmitida pelo YouTube, o que não agradou os investidores. No mesmo dia, a empresa anunciou a saída de e Dave Morton, executivo de contabilidade, que renunciou. Com informações da Folhapress. 

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