Fake News: Twitter recusa campanha do governo francês para eleições
O organismo governamental destacou que essa política pode ser justificada para campanhas partidárias, esclarecendo que a ação do Ministério do Interior não se insere nessa categoria
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Uma campanha do Ministério do Interior francês incentivando à participação nas eleições europeias, agendadas para maio, foi recusada pela rede social Twitter, que alegou incapacidade de cumprir uma lei anti-fake-news recentemente aprovada na França. A informação foi divulgada nesta terça-feira (02).
Coordenada pelos serviços de informação governamentais (SIG, na sigla francesa), a campanha '#Ouijevote' ('#Simeuvoto', na tradução em português) foi criada para incentivar a inscrição dos cidadãos franceses nos cadernos eleitorais para o pleito europeu que na França está marcado para 26 de maio.
Segundo a agência de notícias France Presse (AFP), que cita uma fonte governamental, a rede social Twitter não recusou a campanha do Ministério do Interior francês por considerar que a ação contém informações falsas ou manipuladas, mas sim porque alega ser incapaz de respeitar certas obrigações da lei "relativa à manipulação de informação", adotada pelo parlamento no fim do ano passado e promulgada em dezembro.
A lei impõe, entre outros aspectos, que as principais plataformas digitais (como Google, Facebook ou Twitter) forneçam informações sobre as campanhas de teor político que possam difundir e promover ao abrigo de um financiamento, de forma a evitar manipulações e ingerências eleitorais.
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O motor de busca Google e a rede social Facebook tomaram medidas nesse sentido, mas, segundo explicou a direção do SIG, o Twitter "não o fez até à data" e por isso "decidiu ter uma política de linha dura que recusa qualquer campanha de natureza política".
O organismo governamental destacou que essa política pode ser justificada para campanhas partidárias, esclarecendo que a ação do Ministério do Interior não se insere nessa categoria.
"É uma campanha incentivando à participação na votação, é uma campanha de informação pública, não é uma campanha política ou de um partido ", enfatizou a direção do SIG.
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"Não é a lei que está se voltando contra nós, é uma plataforma que não está em conformidade", referiu a mesma fonte governamental.
Segundo a lei francesa, as plataformas digitais devem tornar público o montante pago pelas mensagens eleitorais, bem como disponibilizar um registro 'online' com informações sobre a identidade dos promotores de tais mensagens eleitorais. Com informações da Lusa.