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Maia prega diálogo com governo federal para avançar no desenvolvimento de vacinas

Segundo ele, Bolsonaro deve "atender os apelos" e seguir pelo "caminho do bom diálogo" no apoio ao desenvolvimento de todas as pesquisas de vacinas em desenvolvimento no País.

Maia prega diálogo com governo federal para avançar no desenvolvimento de vacinas
Notícias ao Minuto Brasil

20:00 - 23/10/20 por Estadao Conteudo

Política Vacina

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira, 23, ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que o presidente da República Jair Bolsonaro deve "atender os apelos" e seguir pelo "caminho do bom diálogo" no apoio ao desenvolvimento de todas as pesquisas de vacinas contra covid-19 em desenvolvimento no País. A fala vem na esteira da ação do presidente Jair Bolsonaro de cancelar a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa, desenvolvida em parceria pelo Instituto Butantã em São Paulo.

"Tenho certeza que a vacina é fundamental, o senhor (Doria) pode contar com a Câmara para que a gente possa, com diálogo, com o governo (seguir com as pesquisas). Temos duas medidas provisórias que precisam ser votadas", disse Maia. "A gente restabeleceu o bom diálogo com o ministro (da Saúde, Eduardo Pazuello) e também com o presidente, que nos últimos meses tem tido um ótimo diálogo comigo, para falar a verdade, e espero que a gente possa construir através do diálogo a solução, não apenas para São Paulo, mas para todos os brasileiros que precisam dessa vacina e das outras, como a (da Universidade) de Oxford, e as que estiverem prontas para garantirmos proteção, principalmente ao grupo de risco", afirmou o deputado.

"Tenho certeza que o presidente da República vai ouvir nossos apelos e não vamos precisar de outro caminho que não seja o bom diálogo", completou ainda o presidente da Câmara. Maia disse ainda que esteve com o Bolsonaro na quinta-feira, 22, para reforçar o diálogo entre os Poderes, mas que não chegou a conversar com ele sobre a vacina.

O deputado foi questionado também sobre a obrigatoriedade da vacina. Maia respondeu que não cabe a ele decidir essa questão, mas que é necessário se ter vacina para todos. Ele falou ainda sobre a boa relação do Brasil com a China. "Não vejo problemas no Congresso com na relação com a China", disse.

Consórcio

Diante da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro ignorar a vacina contra a covid-19, hoje em desenvolvimento pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantã, por causa de disputas políticas com o governador João Doria (PSDB) e o país de origem do imunizante, governadores e secretários de Saúde do País cogitam a possibilidade de se unirem em um consórcio. A ideia é financiar e distribuir a Coronavac, assim que houver a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A ideia ainda embrionária, porém, esbarra na dificuldade de se conseguir os recursos necessários para a realização do plano sem o apoio do governo federal. Representantes da gestão Doria pediram aporte de R$ 1,9 bilhão ao Ministério da Saúde no projeto, mas o valor total pode ser maior do que isso. A Coronavac está em fase três de testes, com humanos, a última desse tipo de estudo.

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