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Beyoncé bate recorde no Grammy pandêmico; confira os vencedores

A cantora já soma 28 prêmios

Beyoncé bate recorde no Grammy pandêmico; confira os vencedores
Notícias ao Minuto Brasil

16:01 - 15/03/21 por Folhapress

Fama Premiação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mesmo perdendo boa parte dos prêmios a que concorreu, Beyoncé saiu da cerimônia do 63º Grammy, realizada neste domingo (14) fazendo história. Com os troféus de melhor videoclipe por "Brown Skin Girl", melhor performance de R&B com "Black Parade" e melhor música de rap e perfomance de rap por "Savage", ela se tornou a artista mulher com mais gramofones da história -são 28 no total.

É verdade que a vitória contou com uma ajudinha providencial de Megan Thee Stallion, autora de "Savage" que saiu consagrada da premiação. Coincidentemente, Megan é da gravadora de Jay-Z, a Roc Nation, e tanto ela quanto Beyoncé foram criadas em Houston, no Texas.

"Quando crescer, vou ser a Beyoncé do rap", disse Megan Thee Stallion, emocionada, ao receber o troféu de música de rap. "Minha mãe me dizia: 'Megan, o que a Beyoncé faria?' Eu respondia: 'É verdade, mas vou fazer um pouquinho mais podre."
Megan ainda ganhou o prêmio de artista revelação, um dos quatro mais importantes do Grammy. Os outros três foram vencidos por Taylor Swift, que teve o disco do ano com "Folklore", H.E.R., música do ano com "I Can't Breathe", e Billie Eilish, com "Everything I Wanted" em gravação do ano.

Até mesmo Eilish, a grande estrela da edição do ano passado, reconheceu a vitória acachapante de Megan. Ao ganhar o prêmio mais importante da noite, ela disse que a colega era a verdadeira merecedora dele.

"Estou até com vergonha. Megan, menina, eu ia escrever um discurso sobre como você merece esse prêmio, mas nunca achei que ia ganhar", disse Eilish. "Você é uma rainha. Quero chorar pensando no quanto te amo. Torço muito por você. É você que merece, de verdade."

Megan ainda fez uma das performances mais comentadas da noite. Rebolativa em um body brilhante, ela cantou uma versão de "Savage" que, apesar de requintada, não perdeu a pujança da original.

A apresentação foi só uma abertura para a entrada de Cardi B, com cabelos curtos e tingidos de rosa, cantando "Up". Em pouco tempo, ela e Megan estavam dividindo o palco, com um sapato de salto alto gigante na cenografia, cantando "WAP", parceria das duas que só vai concorrer ao prêmio no ano que vem.

A música, que fala sobre lubrificação vaginal, já gerou polêmicas com políticos conservadores nos Estados Unidos, e foi um dos momentos menos comportados da noite. Post Malone apareceu rindo e aplaudindo ao fim da performance.

E se Bebel Gilberto e Chico Pinheiro, os brasileiros que concorriam ao Grammy este ano, saíram de mãos abanando, Cardi B levou o Brasil à premiação. Ela inseriu, no meio de "WAP", um trecho da versão em funk da mesma música, um remix do produtor brasileiro Pedro Sampaio.

Se a faixa já tinha versos suficientes para causar dor de cabeça à transmissão da CBS, ela trouxe versos sujos também em português. Isso porque o remix de Pedro Sampaio tem um trecho que diz "fica de quatro", em português mesmo.

Por causa da pandemia, o Grammy deste ano foi bastante diferente. Em vez de surgir no centro do palco, cercado por astros e executivos da indústria fonográfica, o apresentador Trevor Noah iniciou a transmissão do lado de fora do ginásio Staples Center, em Los Angeles, onde tradicionalmente acontece a premiação, para conscientizar o público do isolamento social.
Ele foi gradativamente entrando na estrutura de quatro palcos emendados, sem plateia, montado para o evento. Os artistas apareceram dispostos pelo espaço, com uma distância considerável entre si.

O britânico Harry Styles foi o primeiro a cantar, mostrando o hit "Watermelon Sugar".

"É impressionante que alguém tão bonito e com tanto talento venha do mesmo lugar que Boris Johnson", disse Noah, que distribuiu piadas ao longo da noite.

A música, que já havia dado ao cantor sua primeira vez no topo da lista de mais tocadas da Billboard, garantiu a ele também seu primeiro Grammy. Styles levou a categoria melhor performance pop solo e, no discurso, elogiou seus concorrentes de peso, que incluíam Taylor Swift, Dua Lipa, Billie Eilish, Justin Bieber e Doja Cat.

Uma cena curiosa, que revela o clima despojado da cerimônia, foi quando Megan Thee Stallion recebeu o prêmio de artista revelação. Em uma área externa, com poucas mesas, ela segurava o choro ao agradecer a vitória quando ouviu um carro passando ao fundo e se distraiu.

Outro sinal dos tempos foi o desfile de máscaras estilizadas entre a plateia de celebridades. Styles combinou a máscara com a estampa xadrez de seu paletó, Dua Lipa vestia um modelo prateado e Taylor Swift optou por um acessório com flores grudadas, também fazendo par com seu look.

Swift, que ganhou seu terceiro Grammy de disco do ano, montou um palco que remete a uma casa de campo, com pedras e um gramado para a sua apresentação. A estrutura, baseada na capa do álbum vencedor, "Folklore", ainda incluiu uma casinha de madeira, na qual ela cantou trechos de "Cardigan", "August" e "Willow" ao lado dos produtores Aaron Dessner -integrante da banda The National- e Jack Antonoff, que tocaram violão.

Dua Lipa, cujo "Future Nostalgia" ganhou a categoria melhor disco de pop vocal, afirmou no seu discurso de agradecimento que o álbum mudou a percepção dela da própria arte. "Percebi o quanto a felicidade era importante. Me senti insensível no final do meu álbum anterior, porque achei que só conseguia fazer música triste", disse a cantora, que bateu Lady Gaga, Harry Styles, Taylor Swift e Justin Bieber na categoria.

Em sua performance, Dua Lipa recriou o clima disco-pop-retrô do álbum em um palco rosa e cheio de brilho. Ela cantou um medley com as músicas "Levitating" e "Don't Start Now".

Quem também apostou num clima de anos 1970 foi a dupla Bruno Mars e Anderson Paak, cujo projeto conjunto não concorre esta noite. Eles cantaram o single recém-lançado "Leave the Door Open" numa estética de TV antiga, com os dois de paletó cor de tijolo.

Talvez pela falta de plateia, as apresentações aconteceram de maneira dinâmica. Alguns artistas cantaram em palcos simples, caso do Black Pumas e de Styles, enquanto outros transformaram seus palcos de modo que estivessem em sintonia com a estética de suas músicas e discos.

Em alguns casos, como o da performance do BTS, as apresentações se assemelhavam a videoclipes gravados ao vivo. O grupo sul-coreano mostrou o hit "Dynamite" no topo de um prédio, em meio a luzes que se movimentavam conforme os oito integrantes cantavam e dançavam.

A dupla Mars e Paak depois retornou ao palco para o momento reflexivo da transmissão. Este ano, em que diversos músicos morreram de Covid-19, a seção de homenagens póstumas emendou a lista dos artistas que se foram nos tributos. Paak e Mars voltaram aos tempos da brilhantina para cantar "Long Tall Sally" e "Good Golly Miss Molly" em homenagem que fez jus à agressividade de Little Richard.

Lionel Richie fez um número romântico, cantando "Lady" para lembrar Kenny Rogers. A cantora country Brandi Carlile homenageou John Prine, e Brittany Howard fez um dueto com Chris Martin, do Coldplay, cantando "You'll Never Walk Alone". A performance foi dedicada a todos os músicos que perderam a vida no ano passado, uma lista que ainda incluiu Bill Withers, Eddie Van Halen, Sophie, Ennio Morricone, MF Doom, Toots Hibbert e Pop Smoke.

Em uma das apresentações mais impactantes da noite, Lil Baby cantou a música "The Bigger Picture" em um cenário cinematográfico. Ele apareceu numa área externa, cercado de carros, recriando um cenário de manifestação do Black Lives Matters.

A performance teve uma encarada do rapper em policiais, um coquetel molotov atirado a prédios, um verso inédito do rapper Killer Mike -da dupla Run the Jewels- e um discurso endereçado ao presidente americano, Joe Biden, da ativista Tamika Mallory. "Presidente Biden, pedimos justiça", ela disse.

O rapper DaBaby cantou o hit "Rockstar" em versão pomposa -cheia de violinos- ao lado de Roddy Ricch, e o Black Pumas também se apresentou na estrutura de palcos do Grammy.
O porto-riquenho Bad Bunny, que chamou a premiação de "Grammy dos gringos", cantou ao lado de Jhay Cortez a música "Dakiti". Bad Bunny levou a categoria de melhor álbum latino, com "YHLQMDLG". "Queria agradecer a todo mundo que ouve minha música, apoia minha carreira ou minhas ideias", disse.

TAPETE VERMELHO

Como o evento não tem plateia, poucos artistas passaram por seu tapete vermelho. Alguns deles conseguiram, porém, antecipar os looks que usariam na cerimônia. A cantora Lizzo, grande destaques da edição passada que não concorre este ano, surgiu, por exemplo, com um vestido verde.

Já o rapper porto-riquenho Bad Bunny publicou uma foto com um girassol e uma touca com orelhas de coelho, bem ao seu estilo. Brittany Howard, vocalista da banda Alabama Shakes agora em carreira solo, vestiu preto da cabeça aos pés.

Megan Thee Stallion chegou com tomara que caia laranja cintilante, com fenda na perna. Ela estava acompanhada da cantora Doja Cat, que optou por um vestido preto e branco, de manga comprida, com um decote até o umbigo.

O BTS recriou um cenário de tapete vermelho direto do seu país natal, a Coreia do Sul, para exibir os looks desta noite. O grupo de k-pop vestia a coleção de inverno de 2021 da Louis Vuitton.

PRÉ-CERIMÔNIA

Como o Grammy distribui muitos prêmios, alguns deles já foram entregues na pré-cerimônia. Um dos destaques deste momento foi o de melhor clipe para Blue Ivy, que tem apenas nove anos, por "Brown Skin Girl" -a faixa integra o álbum visual "Black Is King", de sua mãe, Beyoncé.

Outro destaque desta pré-cerimônia foi o rapper Kanye West, que no ano passado postou um vídeo fazendo xixi em um dos seus 22 troféus dos Grammy.

Agora, ele levou o prêmio em uma categoria nova, a de melhor disco cristão, por "Jesus Is King". O disco aprofunda o diálogo das batidas experimentais de hip-hop com samples épicos e a manipulação das vozes simultâneas do gospel.

OS VENCEDORES:

Gravação do ano - 'Everything I Wanted', de Billie Eilish

Disco do ano - 'Folklore', de Taylor Swift

Música do ano - 'I Can't Breathe', de H.E.R.

Artista revelação - 'The New Abnormal', de The Strokes

Melhor performance de rock - Fiona Apple, por 'Shameika'

Melhor música de rock - 'Stay High', de Brittany Howard

Melhor álbum de música alternativa - 'Fetch the Bolt Cutters', de Fiona Apple

Melhor álbum latino ou urbano - 'YHLQMDLG', de Bad Bunny

Melhor álbum de R&B progressivo - 'It Is What It Is', de Thundercat

Melhor álbum de R&B - 'Better Than I Imagine', de Robert Glasper com H.E.R. e Meshell Ndegeocello

Melhor álbum de rap - 'King's Disease', de Nas*

Melhor música de rap - 'Savage', de Megan Thee Stallion com Beyoncé

Melhor performance de rap - 'Savage', de Megan Thee Stallion com Beyoncé*

Melhor performance pop solo - 'Watermelon Sugar', de Harry Styles

Melhor performance de grupo ou duo pop - 'Rain on Me', de Lady Gaga com Ariana Grande

Melhor disco de pop vocal - 'Future Nostalgia', de Dua Lipa

Melhor performance de metal - 'Bum-Rush', de Body Count

Melhor música dançante - '10%', Kaytranada com Kali Uchis

Melhor disco de música eletrônica - 'Bubba', Kaytranada

Produtor do ano - Andrew Watt

Melhor disco de música cristã contemporânea - 'Jesus Is King', Kanye West

Melhor disco de reggae - 'Got To Be Tough', Toots & The Maytals

Melhor álbum de jazz instrumental - 'Trilogy 2', de Chick Corea,

Melhor filme musical - 'Linda Ronstadt: The Sound of My Voice', de Linda Ronstadt*

Melhor videoclipe - 'Brown Skin Girl', de Beyoncé, Blue Ivy & WizKid

Melhor álbum de música global - 'Twice as Tall', de Burna Boy

Melhor álbum de jazz latino - 'Four Questions', de Arturo O'Farrill & The Afro-Latin Jazz Orchestra

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