Mais da metade dos italianos considera racismo justificável

Pessoas estão a "se tornar mais abertas a atos racistas e não os consideram tão escandalosos", diz empresa que fez sondagem

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Mundo Racismo 13/11/19 POR Notícias Ao Minuto

Mais de metade dos italianos sondados para um inquérito sobre racismo responderam que um ato racista é "por vezes" ou "sempre" justificável.

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Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira pela imprensa italiana, e divulgados pelo jornal Guardian, numa altura em que Itália enfrenta vários casos classificados como racistas ou antissemitas.

A empresa que levou realizou a pesquisa - SWG - indicou que o levantamento foi feito com base numa amostra de 1.500 pessoas. Os resultados mostraram que 10% deste universo respondeu que os atos racistas são "sempre" justificáveis e 45% respondeu que podem ser "justificáveis", dependendo da situação.

Os restantes 45% dos entrevistados responderam que atos racistas de qualquer natureza são "completamente inaceitáveis".

Vale lembrar que este questionário é feito anualmente e, de acordo com a SWG, esta é a primeira vez em que a maior parte dos entrevistados não condena o racismo de forma absoluta.

"O que isto significa é que houve um relaxamento das atitudes face ao racismo - não necessariamente que as pessoas se tenham tornado racistas. Estão é a tornar-se mais abertas a atos racistas e não os consideram tão escandalosos", indicou um diretor da SWG, Enzo Risso.

Um relatório da comissão parlamentar italiana sobre Intolerância, Xenofobia e Racismo, divulgado em julho do ano passado, concluiu que a maioria dos italianos pensa que a taxa de imigrantes no país é de 30%, quando na realidade é de 8%. O mesmo estudo concluiu que mais de metade dos italianos considera que "um bairro degrada-se quando há muitos imigrantes" (56,4%) e que "o aumento de imigrantes favorece a difusão da criminalidade e o terrorismo" (52,6%).

Um quadro, lia-se no documento, que "demonstra a existência de uma pirâmide de ódio baseada em estereótipos, representações falsas, insultos e linguagem hostil" que leva a "um nível superior de discriminação e de discurso e crimes de ódio".

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