CNJ estabelecerá recomendações em defesa dos direitos indígenas

Em nota divulgada hoje (7), Dia de Luta dos Povos Indígenas, o CNJ afirma que a iniciativa visa a “fortalecer a atuação do Poder Judiciário em prol dos direitos indígenas”, tema ainda pouco abordado nos cursos de formação para magistrados

© Google

Política DIREITOS INDÍGENAS 07/02/21 POR Notícias ao Minuto

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou que vai elaborar recomendações institucionais que sirvam de referência para os magistrados ao julgar processos envolvendo direitos básicos e territoriais dos povos indígenas.

PUB

Embora caiba ao juízes aplicar a lei conforme cada caso, o Regimento Internodo CNJ estabelece que o plenário do conselho pode, por maioria absoluta, editar atos normativos, tais como as resoluções que, depois depublicadas, passam aterforça vinculante, ou seja, força normativa.

Em nota divulgadahoje(7), Dia de Luta dos Povos Indígenas, o CNJ afirma que a iniciativa visa a “fortalecer a atuação do Poder Judiciário em prol dos direitos indígenas”, tema ainda pouco abordado nos cursos de formação para magistrados.

De acordo com o órgão, a “falta de expertise em Direito Indígena entre os membros do Sistema de Justiça” é alvo da atenção do atual presidente do CNJ ministro Luiz Fux, que comanda também ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua gestão, o conselho assinou um acordo com a Corte Interamericana de Direitos Humanos para a realização de programas de qualificação de advogados e juízes na proteção dos direitos humanos e do meio ambiente, o que envolve também o Direito Indígena.

Em 2019, foram instaurados 1.013 processos judiciais envolvendo indígenas. Desses, 200 casos dizem respeitoa demarcação de terras; 345 são relativos a direitos constitucionais (como saúde e alimentação) e 83 processos estão na área de Direito Penal, abordando crimes previstos na legislação penal contra os indígenas e sua cultura.

A elaboração de novas recomendações será orientadapela antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, que integra o Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciárioe a Comissão Arns, e contará com a participação de magistrados e de outros especialistas no tema.

Entre os aspectos abordadosestarão o conhecimento sobre os conflitos possessórios; as formas de reconhecimento da territorialidade; o processo administrativo de demarcação de terras indígenas; atualização sobre ajurisprudência do STF e os relatórios de Peritos da Organização dasNaçõesUnidas (ONU)sobre direitos humanos e povos indígenas no Brasil.

Omesmo grupotambém vai elaborar cartilha de informações legislativas ligadas aos direitos dos povos indígenas, presentes na Constituição de 1988, na Declaração da Organização dos Estados Americanos Sobre Direitos dos Povos Indígenas e na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

*com informações da Agência CNJ de Notícias

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 9 Horas

Mãe pede e filma filho se despedindo do pai momentos antes de matá-lo

justica Goiânia Há 10 Horas

Mãe admite ter retirado sonda de alimentação e oxigênio do filho pequeno

mundo Olivier Masurel Há 8 Horas

Acidente aéreo: campeão de voo acrobático morre após colisão com abutre

mundo Guerra Há 6 Horas

Ucrânia detém agentes russos que preparavam assassinato de Zelensky

brasil CHUVA-RS Há 9 Horas

Porto Alegre esvazia bairros após falha em sistema de escoamento, e número de desabrigados dobra no RS

brasil CHUVA-RS Há 9 Horas

Se não é todo mundo aqui, ia ter corpo boiando, diz voluntário de resgates no RS

fama MET Gala Há 10 Horas

Veja os looks dos famosos no tapete vermelho do Met Gala, em Nova York

esporte França Há 7 Horas

Kylian Mbappé aceita desafio e promete correr contra Usain Bolt

fama Kendall Jenner Há 8 Horas

Kendall Jenner usa vestido inédito da Givenchy no Met Gala

mundo Israel/Palestina Há 7 Horas

Israel assume controle da fronteira entre Gaza e Egito em Rafah