Impeachment sem provas tem "outro nome", diz Renan Calheiros

Ao ser questionado se estava se referindo a "golpe" ou se referindo ao "Judicário", Renan não quis responder

© Ueslei Marcelino / Reuters

Política Senado 23/03/16 POR Notícias Ao Minuto

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) sinalizou neste terça-feira (22) ser contra a saída da legenda da bancada de apoio do governo. Após se reunir com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra em Brasília desde segunda-feira para mobilizar aliados e tentar evitar o impeachment, e José Sarney, Renan afirmou que a aprovação do impeachment de um presidente sem "a caracterização do crime de responsabilidade" não pode ser chamado de impeachment mas sim por um outro nome e que nenhum Poder pode querer "grilar" a função de outro Poder, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

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"É bom que as pessoas saibam – e a democracia exige que façamos essa advertência – que, para haver impeachment, tem que haver a caracterização do crime de responsabilidade da presidente da República. Quando o impeachment acontece sem essa caracterização, o nome sinceramente não é impeachment. É outro nome", comentou Renan.

"Quando não há a caracterização do crime de responsabilidade não é impeachment, o nome deve ser outro. É por isso que precisamos ter responsabilidade com o Brasil e com a democracia", completou.

Ao ser questionado se estava se referindo a "golpe" e ao "Judicário", Renan não quis responder, mas afirmou que a sigla não agrava a crise e reiterou a importância dos presidentes do Senado e da Câmara se manterem "isentos" em caso de abertura do impeachment e que ele não terá "lado", segundo o jornal.

"O presidente do Senado, mais do que nunca, precisa demonstrar equilíbrio, responsabilidade, bom senso. Ele não pode ter lado, se ele tiver lado, ele desequilibra", continua.

"Se tiver algum Poder no Brasil pensando em grilar as funções dos outros Poderes, sem dúvida nenhuma, ele estará agravando a crise e terá como consequência problemas institucionais. Nenhum Poder pode pensar em atropelar a função de outro Poder. Se isso acontecer, vamos ter uma crise institucional no Brasil. Mais do que nunca, na crise, os Poderes precisam ser independentes", prosseguiu o presidente do Senado.

O Senado é o responsável por instalar o processo de impeachment, promover o afastamento do presidente por até 180 dias e votar o afastamento definitivo ou não da presidente. À Câmara cabe aprovar a autorização para o Senado abrir o processo.

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