Após mãe 'morrer de tristeza', médicos pedem atenção à depressão

A assistência oferecida a parentes de vítimas da violência tem sido alvo de críticas por parte dos médicos

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Brasil Saúde pública 12/07/16 POR Notícias Ao Minuto

O caso de Joselita de Souza, de 44 anos, que faleceu em um posto de saúde em São João de Meriti, na semana passada, reacendeu a discussão sobre a assistência oferecida a parentes de vítimas da violência no Brasil.

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A mãe do adolescente Roberto, morto a tiros por policiais militares em Costa Barros, na Zona Norte do Rio,“morreu de tristeza”, segundo familiares.

A reportagem do jornal O Globo conversou com psiquiatras para entender como os casos de depressão podem ser fatais. Segundo os especialistas, a depressão tem sido negligenciada pelo poder público e mesmo por médicos. Eles também defendem que deve haver políticas públicas mais efetivas em relação à doença.

"Infelizmente, é possível morrer de tristeza. Quando a tristeza é tamanha, chamamos de luto complicado. A pessoa perde todo o ânimo e corre o risco de sucumbir. Pode passar a não comer, deixar-se abater pelo sentimento e ter o sistema imunológico prejudicado, abrindo espaço para quadros de pneumonia e outras infecções. Ela se consome pela dor. Se não recebe apoio e estrutura pode ser o fim", explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

"Os sobreviventes de tragédias como essa precisam receber mais auxílio", completa.

SERVIÇO PÚBLICO

A reportagem também conversou com o defensor público Daniel Lozoya, representante das famílias dos meninos mortos em Costa Barros. Ele esclarece que a dificuldade para fazer o tratamento é real. "Infelizmente, o Estado não oferece uma assistência médica e psicossocial adequada às vítimas e aos familiares em situações traumáticas de violações de direitos humanos. Os familiares têm dificuldade em arcar com custo de transporte para se deslocar aos locais de atendimento. Deveria haver postos espalhados pela cidade. Estas situações são tão rotineiras que deveriam receber uma atenção maior, mas o Estado não dá essa assistência", avalia Lozoya.

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