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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um pedido formal de urgência à ministra Cármen Lúcia para apressar a homologação da delação premiada dos 77 ex-executivos da Odebrecht na Lava Jato ainda durante o período do recesso do Judiciário, que termina na próxima terça-feira (31).
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O pedido apresetando por Janot nesta terça-feira (24) será avaliado pela presidente do STF sobre a possibilidade de adotar a medida.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Cármen Lúcia, como plantonista do STF durante o recesso, poderá assumir o caso, já que a delação da empresa passa, em tese, a ser um assunto urgente. O plantonista só pode analisar questões urgentes durante o período de recesso.
No entanto, as delações só poderão ser homologada depois que forem concluídas duas etapas ainda remanescentes: os depoimentos em que eles corroboram que fizeram delação por livre e espontânea vontade e após uma análise dos termos do acordo.
Após a presidente do STF ter autorizado que os juízes que trabalhavam com Teori Zacaski continuassem com o caso, as audiências com os delatores devem se estender até sexta (27).
Se as etapas foram concluídas, e com o pedido de urgência, a homologação poderia ocorrer, mesmo sem um novo relator da Lava Jato designado.
Caso a ministra não siga esse caminho, a decisão sobre a homologação da delação caberá ao próximo relator, que irá substituir Teori.
A reportagem recorda que a delação da Odebrecht é considerada a mais explosiva da Lava Jato. Já foram citados os nomes de Michel Temer e integrantes do seu governo, deputados e senadores, dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
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