Papa celebra legado de paz da UE, mas pede 'solidariedade'

Francisco ainda mencionou os esforços do bloco para derrubar as barreiras que separavam a Europa Ocidental da Oriental

© Reuters

Mundo Mensagem 24/03/17 POR Ansa

O papa Francisco recebeu nesta sexta-feira (24), na Capela Sistina, no Vaticano, os líderes dos 27 países da União Europeia (já excluído o Reino Unido), que estão na Itália para as celebrações pelos 60 anos dos Tratados de Roma, marcadas para este sábado (25).

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Defendendo o legado da UE e sua importância para a pacificação do continente, o Pontífice alertou seus hóspedes de que o bloco não pode se resumir a "regras" e "protocolos", mas deve ser uma maneira de "conceber o ser humano", uma ideia muito parecida com aquela defendida pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, que em seus quase três anos de poder criticou duramente as políticas de austeridade de Bruxelas.

"Os pais fundadores [da UE] nos lembram que a Europa não é um conjunto de regras a se observar, não é um prontuário de protocolos e procedimentos a se seguir. Essa é uma vida, um modo de conceber o ser humano a partir de sua dignidade inalienável, e não apenas como um conjunto de direitos a se defender", disse o Papa, destacando que o homem é o "coração" do projeto político europeu.

Francisco ainda mencionou os esforços do bloco para derrubar as barreiras que separavam a Europa Ocidental da Oriental e que o continente vive seu mais longo período de paz nos "últimos séculos", apesar dos recentes conflitos nos Bálcãs e na Ucrânia.

"Se a Europa original queria ver caírem os sinais de uma inimizade forçada, agora se discute como deixar de fora os 'perigos' do nosso tempo, a começar pela longa coluna de mulheres, homens e crianças que, fugindo da guerra e da pobreza, pedem apenas a possibilidade de um futuro para si e para seus entes queridos", salientou o líder da Igreja Católica.

O Papa também advertiu que as crises enfrentadas pela UE, como a migratória e a econômica, podem representar uma "oportunidade" e alertou para os riscos do populismo. "A Europa reencontra esperança na solidariedade, que é o antídoto mais eficaz contra os populismos modernos. Os populismos florescem no egoísmo, que não permite superar os limites do próprio pensamento e olhar além", afirmou.

A audiência de Francisco com os líderes europeus aconteceu um dia antes do aniversário dos Tratados de Roma porque o Pontífice visitará neste sábado a cidade de Milão, no norte da Itália. Já os presidentes e primeiros-ministros participarão de diversos eventos na capital, cercados por um forte esquema de segurança contra a ameaça do terrorismo. Com informações da ANSA.

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