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O ex-diretor da Globo, Boni, é um dos novos conselheiros de Turismo do Rio, na gestão de Marcelo Crivella. Em entrevista, contou sobre seu papel no setor e criticou aspectos relacionados ao carnaval: da organização do evento aos trios que tocam funk.
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O último carnaval no rio foi marcado por tragédias, entre elas, acidentes envolvendo carros alegóricos em plena Sapucaí e e a apuração dos desfiles. Boni acredita que essas situações não ocorreram por acaso.
"Fatalidade nada. As coisas acontecem por um conjunto de fatores e sequência de erros. A necessidade de um engenheiro para dar o laudo de cada escola é indispensável. O aproveitamento de material por falta de dinheiro vai ao extremo e é perigoso. A concentração do lado da passarela superior obriga a uso de peças hidráulicas. Temos que encontrar soluções. Há gente demais passeando na pista. Tem que reduzir", disse em entrevista para a coluna do Leo Dias.
O conselheiro acredita que o espetáculo no Sambódromo deve ser modificado, mexendo em fatores como som, luz, jurados, intervalos entre escolas e mais. Sobre modernizar o carnaval, Boni garante que o financiamento das mudanças não será tirado do bolso do público. "O objetivo é obter dinheiro de outras fontes", comenta.
Quando aos blocos de rua, o conselheiro diz que as manifestações são excelentes para a diversão popular e cita obstáculos. "Controlar esses desfiles será um desafio cada vez maior. Especialmente sob aspecto de segurança, já que vem aumentando o número de blocos clandestinos e mesmo o tamanho dos blocos autorizados", explica.
Os trios elétricos no Rio parecem ser um problema para Boni, que não concorda com o espaço dado para o funk durante o carnaval. "Trio elétrico no Carnaval é um problema grave. Nas ruas e até no sambódromo. Em alguns camarotes, o público fica de bunda para o desfile dançando funk. A reconquista do espaço do samba é um dever de todos que amam e respeitam o Carnaval", comenta.
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