'Não há possibilidade', diz Haddad sobre ser candidato em 2018

Ex-prefeito de São Paulo também criticou delações e falou sobre a possível inelegibilidade de Lula

© Agência Brasil / Rovena Rosa

Política Entrevista 17/07/17 POR Notícias Ao Minuto

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira (17), falou sobre a condenação do ex-presidente Lula e criticou o uso de delações no Brasil.

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"O problema das delações é que em todo lugar em que esse instituto foi acolhido há um protocolo bastante rígido. Subjetivismos não são aceitos. Fatos impossíveis de comprovação também não. Aqui introduzimos uma novidade sem as cautelas regulamentares. Qual o protocolo para delação com trecho falso? Essas regras deveriam estar claras antes do primeiro uso", disse.

Ele também negou a possibilidade de ser um dos nomes pensados pelo PT para as próximas eleições presidenciais. "Não há essa possibilidade no horizonte de ninguém", disse. E completou: "Eu me coloquei à disposição para ajudar a elaborar o plano de governo à Presidência da República, do Lula. Acho que posso colaborar. Não serei só eu, haverá um grupo, claro".

+ Centrão alerta Temer sobre possíveis traições em votação de denúncia

Sobre a condenação do ex-presidente Lula, Haddad disse que no processo não há prova consistente, e que a opinião é compartilhada por "muitas vozes do Direito". "A tese por trás da condenação é a de que o presidente, que tinha declaradamente um apartamento em um empreendimento, iria trocar esse imóvel por uma cobertura, que não seria paga. É no mínimo extravagante. É muito difícil que alguém que pretendesse lavar dinheiro, Lula ou qualquer pessoa, usasse esse expediente".

Questionado sobre como fica o PT com o ex-presidente Lula inelegível, o ex-prefeito foi categórico: "Eu não imagino. Não consigo imaginar esse cenário". E lamentou que, caso Lula seja impedido de disputar o pleito, cresçam as chances de "um tipo estranho de fundamentalismo" chegar ao poder.

"Seria terrível para o Brasil", afirmou.Já ao fazer a avaliação sobre o governo de Michel Temer, Haddad considerou que, "se a direita estivesse coesa em torno do Temer, independentemente de qualquer consideração de ordem moral, ele iria até o fim".

No entanto, destacou que não há coesão. "A dúvida é o quanto essa fissura é significativa para, com os votos da oposição, conseguir o afastamento para que ele seja julgado pelo Supremo".

O ex-prefeito também abordou de forma crítica a postura tanto do PT quanto do PSDB enquanto estiveram à frente do país. "A verdade é que PT e PSDB, que estruturaram a política desde 1994, cada um à sua maneira, mantiveram um ao outro refém do atraso. Não tiveram a clareza de que tinham que ter uma agenda comum, do ponto de vista institucional, que passava pela reforma política. Nem Fernando Henrique Cardoso nem Lula, que tinham liderança para estimular dirigentes a buscarem uma solução, fizeram o movimento. Quando PT e PSDB estavam fortes, não fizeram". 

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