Pedágio eletrônico terá bônus para difundir novo modelo de cobrança

Pedágio eletrônico terá bônus para difundir novo modelo de cobrança

© Marcos Santos/Jornal da USP

Brasil São Paulo 23/07/17 POR Folhapress

Quando dirige seu carro pela rodovia dos Bandeirantes, saindo de São Paulo em direção a Indaiatuba (a 98 km da capital), Rosely Uehara, 58, sempre fica tensa no quilometro 26 da via. "Vai abrir ou não vai? Vai abrir ou não vai?", pensa. Diante da recusa da cancela do pedágio eletrônico em liberar sua passagem, Rosely admite: "Xingo muito! Pago sempre o meu plano em dia, e o pedágio não reconhece meu dispositivo."

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Já para o motorista da Uber Marlon Luz, 36, que leva passageiros entre São Paulo e Barueri, o uso do sistema automático nos pedágios é essencial. "Se cada vez que eu passar tiver que parar nas cabines manuais, é tempo e dinheiro que eu perco."

Independentemente da experiência dos motoristas, o pagamento eletrônico de pedágios deve ficar cada vez mais presente. Incentivar este modelo, inclusive dando desconto, é uma das estratégias do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para difundir o chamado pedágio Ponto a Ponto.

Na prática, futuramente as concessionárias poderão ampliar postos de controle de veículos ao longo de uma estrada (ou em suas entradas) e cobrar de maneira mais específica pelo trecho de deslocamento dos motoristas. A adoção do modelo é controversa, principalmente em manchas urbanas.

BÔNUS

A difusão de praças de pedágio e os valores cobrados –chegam a R$ 25,60 para carros de passeio na Anchieta e Imigrantes– se tornaram pedra no sapato de gestões tucanas em São Paulo nas últimas duas décadas, alvo de desgaste em sucessivas eleições.

O uso do sistema automático de cobrança –implantado em São Paulo em 2000– passou a ser em 2011 a forma predominante de pagamento de pedágio no Estado.Desde 2014, porém, o meio eletrônico está estagnado no patamar de 58% dos pagamentos feitos nas rodovias. Para implantar o modelo Ponto a Ponto de maneira ampla, a gestão Alckmin avalia que deve estar na casa dos 80%.

Por isso, os novos contratos de concessão de estradas paulistas estão sendo assinados com uma cláusula que dá desconto de 5% no pedágio ao motorista que passar usando o dispositivo eletrônico.

Os primeiros trechos que deverão ter desconto serão os que saem de Ribeirão Preto (a 313 km de SP) a Igaratá e a Bebedouro. A mudança será possível porque uma nova concessionária assumirá essas estradas em março de 2018.

Até o fim do ano que vem, o avanço dos descontos deve atingir estradas que saem de Ribeirão com destino a São Carlos, Araraquara, Franca e Santa Rita do Passa Quatro.

Para 2018 ainda está previsto o desconto no trecho norte do Rodoanel. O plano é expandir para toda a malha estadual, conforme forem assinados ou renovados os contratos.

Entre os benefícios listados estão a modernização do sistema, a redução da lentidão, a diminuição da emissão de poluentes derivado da queima de combustíveis e o aumento da segurança viária.

Segundo estimativas da Artesp, a cada carro que passa pelas cabines com cobrança manual, quatro passariam pelo sistema automático.

Mas relatos de falhas do sistema, que obrigam veículos a pararem subitamente, provocando risco de acidentes, são frequentes –como os vividos por Rosely Uehara.

Atualmente, quatro empresas estão habilitadas: Sem Parar, ConectCar, Move Mais e Veloe (autorizada a operar no setor há dois meses). Todas são obrigadas, segundo a Artesp (agência estadual que regula o setor), a oferecerem um plano sem adesão e sem mensalidade que seja compatível com as rodovias paulistas.

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DEMORA

Com o desconto, o governo do Estado tentará expandir o modelo Ponto a Ponto, testado nas estradas paulistas desde 2011. Naquele ano, um protótipo foi desenvolvido em estradas entre Sorocaba e Campinas, passando por Indaiatuba, e contou com a adesão voluntária de motoristas.

A partir do protótipo, outros três trechos foram implementados até 2014. Desde então, não houve avanços. Segundo a Artesp, os antigos contratos com as concessionárias amarram o modelo.

"O problema do Ponto a Ponto é que as rodovias não foram projetadas para esse modelo e os contratos não permitiam essa modalidade", afirma o diretor-geral da agência, Giovanni Pengue Filho. Com informações da Folhapress. 

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